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De todas as histórias que já ouvi, a ficção científica é aquela que me faz olhar para o céu à noite com olhos de criança e coração de engenheiro. É uma mistura agridoce de sonhos e cálculos, onde o impossível se torna plausível e as estrelas deixam de ser apenas pontos brilhantes para se tornarem destinos.
Imagine o futuro como um livro ainda não escrito, e a ficção científica como o rascunho audacioso. Foi assim que ela nos apresentou robôs capazes de sentir, naves que cruzam buracos de minhoca e sociedades que lutam contra a própria criação. De 2001: Uma Odisseia no Espaço a Duna, aprendemos que o futuro não é uma estrada reta, mas um emaranhado de possibilidades.
Mas não se engane. A ficção científica não é sobre previsões. É sobre reflexões. Quando Asimov criou as três leis da robótica, ele não estava apenas escrevendo sobre máquinas; estava nos fazendo pensar sobre ética, humanidade e os limites do controle. Quando Blade Runner perguntou se os replicantes sonham com carneiros elétricos, estava perguntando, na verdade, o que é que nos torna humanos.
Na ficção científica, até mesmo uma caneta Bic – talvez a sua – poderia ser uma peça essencial para salvar a galáxia. É esse poder de transformar o cotidiano em extraordinário que faz o gênero ser tão apaixonante. Ela nos lembra que, em algum canto do universo ou em alguma dobra do tempo, sempre haverá algo novo a descobrir.
Então, da próxima vez que você folhear um livro de ficção científica ou assistir a um filme do gênero, lembre-se: você não está apenas lendo ou assistindo. Você está embarcando em uma viagem que, apesar de fictícia, carrega mais verdades do que aparenta.
No final, talvez o maior mérito da ficção científica seja nos ensinar a ser visionários. A sonhar com universos paralelos enquanto resolvemos as equações do nosso próprio mundo.
E quem sabe, algum dia, essas estrelas que tanto observamos se tornem tão familiares quanto o pão de queijo e o café na nossa mesa.
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Nasci entre os ecos dos anos 80 e 90, cresci em um universo onde páginas amareladas e solos de guitarra se entrelaçavam. Nerd de carteirinha, devorador de histórias sombrias e entusiasta de boas tramas, encontrei em Stephen King um mestre do suspense e, no som potente do Iron Maiden, a trilha sonora perfeita para minhas inspirações literárias.
Excelente crônica! Traduziu com perfeição o estado de maravilhamento e de profunda reflexão acerca dos caminhos da humanidade em que nos coloca a ficção científica. Sou fã do gênero. Parabéns!