Luis Felipe Mayorga e Diego Batista – Foto divulgação
Médico Veterinário que não pratica a clínica, músico adolescente – hoje aposentado -, desenhista amador que só desenha rascunhos durante reuniões enfadonhas em pedaços de papel cujo destino é o lixo. Sempre em busca de aumentar sua coleção de feitos medíocres, Luis Felipe Mayorga decidiu adicionar à lista uma carreira de escritor. Nascido em 1987 em Volta Redonda, Rio de Janeiro, é casado com Nathielle e tem como cerveja preferida a Colorado Appia.
Diego Batista é pirata/viking/pistoleiro no velho oeste, mas por algum problema no vórtice temporal acabou nascendo caipira no Espírito Santo, na localidade de Campo Acima, interior de Itapemirim. Itapemirim é interior do Espírito Santo, e o Espírito Santo é o interior do Brasil. Casado com Noelia, é extremamente grato à sua mulher, que hoje cortou lasanha congelada no almoço e ofereceu Doritos com Fanta Uva no café da manhã. Por infelicidade, acabou trabalhando com contabilidade.
ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderiam contar para os nossos leitores como foi o início de vocês no meio literário?

Aprendi a ler cedo, e desde criança lia muito. Não raramente eu deixava os colegas de lado em suas brincadeiras para ficar lendo sozinho em um canto. Em 1993 estreou Jurassic Park nos cinemas, quando eu tinha cinco anos de idade. E pouco tempo depois, nessa febre dos dinossauros, com seis anos de idade ganhei “Jurassic Park” de Michael Crichton, grosso como uma Bíblia. Passei minha infância lendo e relendo aquele livro, que com certeza tem uma influência maior que qualquer outra obra em meu estilo de escrever. / Aprendi a ler com 5 anos de Idade. O primeiro “livro” que li foi um livrinho de dinossauros daquele Chocolate Surpresa da Nestlé. Ainda tenho grande respeito pelo Barionix e pelo Oviraptor, que foram os que mais me chamaram a atenção. / Percebe-se a importante influência dos dinossauros na infância dos autores. Diego também é um grande fã de Jurassic Park e Michael Crichton. / Sim. / Por que o respeito por esses dois dinossauros, especificamente? (risos) / O Barionix ficava no rio, e o Oviraptor parecia uma galinha. E eu tinha ganhado uma galinha da minha avó na época. / Então tá bom.
Conexão Literatura: Vocês são os autores de “O Idiota do Meu Coach”. Poderiam comentar mais sobre de que se trata?

As pessoas tendem a criar a expectativa de que seja um manifesto contra a onda coach que assola nossa pátria; quando na verdade esse livro é um romance, uma aventura suburbana cheia de emoção, poesia e beleza. Uma sublime exultação da vida boêmia do brasileiro médio. Ah, o livro também foi temperado com uma pitada de ufologia porque… porque sim. Mas em resumo, é sobre um velho coach experiente aproveitando-se da ingenuidade de um jovem aspirante a executivo levando-o a cometer infrações e crimes em busca de um crescimento pessoal e profissional. / O Idiota do Meu Coach é sobre os excrementos pós-modernos que irei enumerar:
1 – Gente com dente mais branco que Mentex.
2 – Zé Ruela que marca “Happy Hour” com a galera do trabalho, fala que é no boteco, mas chegando lá tem Doritos, guardanapo pra segurar a lata e pseudocomidas da roça (nasci no interior do ES e nunca vi flambarem linguiça na cachaça curtida com barris de cerejeira).
3- Coaches que acham que descobriram o Shangrilá do sucesso.
4 – Geração que nasceu depois da Copa de 94. Bando de fresco. Não conheceram Túlio Maravilha, Edmundo Animal, Vampeta…
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir o livro?

Levamos praticamente um ano fazendo brainstorms e outro ano escrevendo. As pesquisas ocorreram em caminhadas alcoológicas no bairro, entre copos de cerveja, torresmos e linguiças que o bartender recolhia do chão, quando caíam, e devolvia para o nosso prato. As homéricas broncas de nossas esposas quando chegávamos em casa depois disso tudo também contribuíram bastante com o processo criativo. / Não lembro, porque todas as vezes que nos encontrávamos eu estava alcoolizado. A princípio, eu usava a desculpa de que ia “escrever” com minha mulher, para continuar a encher os cornos com Fernet, Whiskey e cervejas que tenho vergonha de citar.
Conexão Literatura: Poderiam destacar um trecho que vocês acham especial no livro?

Um trecho particularmente especial para mim é quando Raimundo atende a ligação de telemarketing pela primeira vez, e ensina seu pupilo a desperdiçar o tempo dos telefonistas para que entre numa lista negra e nunca mais seja perturbado. Porque eu faço isso, e a dica funciona mesmo. Então se tudo der errado, e o leitor achar o livro ruim, pelo menos sinto que dei minha importante contribuição para o leitor; ou seja, a leitura não foi em vão. / A introdução, com a descrição do Bar do Clebinho. / É verdade, investimos muita energia nesse capítulo inicial do livro. / Basicamente o Bar de Clebinho baseia-se no Bar Paixão do Norte, do Seu Matuzalem, em Santa Mônica, Vila Velha-ES. / Só acrescentamos uma pracinha em frente, no livro.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do livro e saber mais sobre vocês?

O livro pode ser adquirido na Amazon (Livro impresso https://tinyurl.com/y6z3vqef) (Ebook Kindle https://tinyurl.com/yy8mttz6), na plataforma UICLAP (https://loja.uiclap.com/titulo/ua684/) ou no Clube de Autores (https://clubedeautores.com.br/livro/o-idiota-do-meu-coach).
Para saber mais sobre nossas obra e os bastidores de sua produção o leitor pode acompanhar nossa página no Instagram: @oidiotadomeucoach ou simplesmente pesquisar por “o idiota do meu coach” no YouTube, que também tem algumas besteiras lá.
Se quiser entrar em contato com os autores, pode escrever para felipoe.mayorga@gmail.com ou diegobatista1987@hotmail.com / Não quero que me escrevam, tira o meu email daí. / Diego não tem paciência com fãs. / Tenho mais o que fazer.
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Estamos escrevendo a continuação de “O Idiota do meu Coach” e vários derivados. Por exemplo, estamos rascunhando um livro com os ensinamentos de Raimundo, e outro com contos dentro do universo Raimundiano, praticamente spin-offs. / Sim. Temos 2 livros em andamento.
Perguntas rápidas:
Um livro: Viagens de Gulliver / Encarte do Carone, quando a vodka Bulbash da Bielorrússia estava em promoção.
Um (a) autor (a): Paulo Brabo. / Michael Crichton.
Um ator ou atriz: Chris Farley. / Sasha Grey.
Um filme: The Big Lebowski. / Pulp Fiction.
Um dia especial: Um domingo em que eu e Diego fomos os únicos participantes de uma feira artística fracassada no Centro de Vitória, em seguida encontramos a privada sobre rodas da desentupidora Brás no calçadão da praia de Camburi e depois aparecemos na casa de minha mãe para almoçar de graça e ir na piscina. / O dia em que eu estava bêbado, liguei pra Felixo e disse que estava vendo OVNI’s no céu. Fiz ele subir no terraço umas vinte vezes, mas eu estava querendo zoar com a cara dele.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Não sei, você tem mais algum comentário para fazer, Diego? / Não. / Eu gostaria de enfatizar que temos empregos estáveis e escrever é um hobby. Não queremos investir muito dinheiro em publicação, mas uma editora ambiciosa sempre pode investir na comercialização em massa de nossa obra. Caso queiram abusar de nosso amadorismo e assinar um contrato que nos repasse royalties ridiculamente baixos, estamos abertos a negociação. No momento temos a intenção de obter divulgação, não lucro financeiro. Se essa simbiose for bem sucedida, a editora ganhará bastante dinheiro e nós obteremos maior penetração no mercado literário. Acredito que nossa história tem potencial para virar filme nacional, inclusive. É isso, um grande beijo no coração de todos os nossos leitores.

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