Fábio L. Shadow – Foto divulgação

Desde o lançamento de seus primeiros trabalhos em 2018, a trilogia de realismo fantástico “O PRÍNCIPE PARDO E OS REINOS”, Fabio L. Shadow trouxe um olhar diferente para a realidade através da ficção, seja com as conexões improváveis de Atlântida e Rio de Janeiro, do mundo da magia com a realidade da favela e até mesmo com os temas sensíveis da nossa sociedade atual, como racismo, misoginia, abandono parental e as dificuldades de mães solo, as questões dos refugiados e preconceito de uma forma geral.
Várias vezes, o autor relata que a obra “O PRINCIPE PARDO” se trata de uma autobiografia ficcional, tratando temas da sua infância sem pai no estado de Sergipe, onde nasceu, e da sua juventude na favela do Caju, no Rio de Janeiro, onde viveu dos dezesseis aos vinte e sete anos.

Em meio a toda turbulência dos anos de 2020 e 2021, Fábio se dedicou a refletir sobre sua vida adulta e experiências amorosas através de seus textos como uma válvula de escape para o autor manter mente e corpo sãos durante a pandemia de COVID-19. Assim surgiu ALEBER 21 – CRESCER, uma comédia romântica musical, inspirada no premiado álbum “21” da cantora Adele e em romances LGBTs como “O Terceiro Travesseiro”, de Nelson Luiz de Carvalho e “O Segredo de Brokeback Mountain”, conto escrito por Annie Proulx e adaptado no filme de Ang Lee.
“ALEBER 21” tinha tudo para ser um drama trágico de final triste e melancólico. Porém a história de Alison, LEda e BERnardo (ALEBER, acrônimo formada com as primeiras sílabas de seus protagonistas) é um conto de fadas contemporâneo, de leitura veloz, leve e crítica, trazendo personagens tão reais quanto as pessoas que o inspiraram. Alison, um alter ego do próprio autor, é um jovem negro, nordestino e gay vivendo as descobertas da juventude. Leda é uma menina negra e favelada do Rio de Janeiro que precisa encarar a vida de cara logo cedo. Bernardo, alter ego dos ex-namorados do autor, é um garoto riquinho de São Gonçalo/RJ, cujo amor pela música se torna seu trauma pessoal. Apesar das diferenças, a música é capaz de selar suas histórias e fazer seis caminhos se cruzarem irremediavelmente.
Apesar da mudança de gênero literário, Fábio não abandonou as marcas de sua escrita que lhe renderam mais 20 mil exemplares comercializados e 40 mil leituras nas plataformas digitais. A favela do Caju e o estado de Sergipe são ambientações perenes em suas histórias. As questões raciais e a força das mulheres que foram fundamentais para os desdobramentos das aventuras de Lipe, em “O PRINCIPE PARDO” também marcam presença em “ALEBER”. Os intensos diálogos que marcam sua escrita ficavam ainda mais evidentes nesse texto que é narrado em primeira pessoa pelos três protagonistas.
De fato, Fabio não se distancia do seu tema principal, o protagonismo preto (pretagonismo, como são livremente chamados), que permeia toda sua obra, mas adiciona novas temáticas a seus trabalho como violência sexual dentro da própria casa, relações infiéis e ISTs, frustrações ao seguir uma carreira apenas por dinheiro, gravidez de risco, entre outros.
Como lançamento previsto para outubro de 2024, “ALEBER”, sem sombra de dúvidas, é uma contribuição importante ao cenário literário brasileiro, trazendo nuances da realidade e temas muito atuais para o palco da literatura.
Para conhecer mais sobre o autor e sua obra, acesse a página e as redes sociais do autor: www.linktr.ee/fabiolshadow e www.instagram.com/fabiolshadow

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