
Filósofo, semiólogo, romancista e ensaísta, Umberto Eco foi um dos maiores pensadores do século XX. Seu nome é sinônimo de inteligência refinada, senso crítico aguçado e uma habilidade rara de unir o erudito ao popular. Nascido na Itália em 1932 e falecido em 2016, Eco deixou um legado que atravessa áreas como literatura, filosofia, comunicação e estudos culturais. Mas foi com um romance histórico-policial, cheio de simbologia e mistério, que ele conquistou o mundo: “O Nome da Rosa”, que posteriormente foi adaptado para o cinema.

“O Nome da Rosa”: um best-seller filosófico e sombrio
Publicado em 1980, O Nome da Rosa é considerado o principal livro de Umberto Eco. A trama se passa em um mosteiro medieval no século XIV e mistura elementos de romance policial, teologia, filosofia, crítica literária e história. O protagonista é Guilherme de Baskerville, uma espécie de Sherlock Holmes monástico, que investiga uma série de mortes misteriosas em uma abadia isolada.
O livro tornou-se um fenômeno internacional, vendido em mais de 40 idiomas e com milhões de exemplares comercializados. Em 1986, ganhou uma adaptação para o cinema estrelada por Sean Connery e Christian Slater.
Eco mostrou ao mundo que um romance complexo, cheio de referências filosóficas e discussões sobre o poder da Igreja e do saber, podia ser envolvente, instigante e até mesmo pop.
Curiosidades sobre Umberto Eco
- Começou escrevendo sobre cultura pop:
Antes de escrever romances, Eco se destacou na análise da cultura de massa. Seu livro Apocalípticos e Integrados (1964) é referência nos estudos da mídia, abordando como as pessoas se relacionam com a televisão, quadrinhos e outros meios. - Era apaixonado por bibliotecas:
Eco possuía uma biblioteca pessoal com cerca de 50 mil livros. Ele dizia que os livros que ainda não leu eram mais importantes que os que já leu — pois eles representam o conhecimento ainda a ser descoberto. - A escrita era minuciosa:
Para escrever O Nome da Rosa, Eco pesquisou durante anos, estudando documentos medievais e criando até plantas arquitetônicas fictícias do mosteiro. Seu compromisso com o detalhe era quase arqueológico. - Inventou línguas para seus livros:
Além do latim, grego e outras línguas reais, Eco criou expressões e citações falsas em idiomas que só existiam dentro da obra. Isso ampliava o clima de mistério e autenticidade intelectual dos textos. - Não escrevia para agradar — mas agradava mesmo assim:
Eco dizia: “Não escrevo para o leitor médio. Escrevo o livro que eu gostaria de ler.” Paradoxalmente, essa sinceridade conquistou milhões de leitores pelo mundo.
Um legado entre a razão e o mistério
Umberto Eco foi muito mais do que um autor de sucesso. Ele foi um verdadeiro humanista moderno, um pensador que explorava desde os códigos da linguagem até os enigmas da fé. Seus livros desafiam e encantam, convidando o leitor a ir além da superfície e a decifrar o mundo — página por página.
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Paulista, escritor e ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Criador e Editor da Revista Conexão Literatura (https://www.revistaconexaoliteratura.com.br) e colunista da Revista Projeto AutoEstima (http://www.revistaprojetoautoestima.com.br). Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Já foi Educador Social e também trabalhou por 18 anos no setor de Inclusão Digital na Cidade de S. Paulo, numa rede de solidariedade que desenvolve ações de promoção da vida em várias partes do país e do mundo, um trabalho desenvolvido para pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social. Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out – Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado de Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo”, “Contos e Poemas Assombrosos” e outras. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary – Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com