“Sonhos quebrados, tintura em meus braços
Cores por cores em formas de amparo
Idéias crescentes, sozinha em meu quarto
Eu vivo a arte em um quadro abstrato.”

(Trecho do poema “Quadro Abstrato” de Brenda Rodrigues)

Olá leitores! 
Sou uma apaixonada por poesia. Para mim ela é em muitas ocasiões, a
linguagem que melhor reflete nossa alma e nossos sentimentos. Mesmo que vez ou
outra, ela não seja plenamente compreendida, ainda assim é fato que algumas de
suas passagens com certeza irá nos tocar emocionalmente. E assim, em minha
trajetória de leitora, vez ou outra encontro autores (famosos ou não) que aprecio muito a escrita e hoje
compartilho com vocês o livro Escritos Autorais que marca a estreia
de Brenda
Rodrigues
no universo literário.

Sobre a autora e a obra: 
Nasceu em 31 de dezembro de 1996 em Mogi das Cruzes SP. Poetisa de
coração, desde os 11 anos se dedica a arte da palavra. Marcou presença até o
momento em quatro antologias poéticas: Acolha o Pólen da Vida (edição 1 e 2) , Frutos
de um Jardim e Vozes Escritas. O ano de 2017, foi o marco definitivo de sua
entrada no universo literário, através da publicação de forma independente de
seu primeiro livro: Escritos Autorais. 
Nesta obra, a autora  através de poemas, citações e pensamentos,
narra de forma bastante visceral através de um olhar filosófico e melancólico,
vários acontecimentos e experiências de sua vida, relacionados por exemplo com
amigos, amores, família, solidão, depressão, entre outros assuntos e
sentimentos.

A seguir apresento-lhes uma poesia e um pensamento extraídos do livro:
O que é Passageiro

Passageiro é o tempo que translúcido voa
A vida que segue, seguindo atoa
A paz que se ganha, mas que não é boa
A palavra amarga, que sempre magoa

Passageira é a chance, que não é usada

É como um sonho que não ganha asas
Um breve detalhe, que não se repara
Um dia perdido que se apaga
Passageiro sou eu
Que sou passageiro
Que mesmo pensando
Às vezes esqueço
Que busco o que tenho
E que quero o que perco
Que guardo o que acho
E vivo do avesso
Passageiro é tudo
Que não é eterno
Que dura um dia
Quem sabe um inverno
Passageira é a brisa
Que passa sozinha
A morte é eterna
Passageira é a vida.
(Brenda Rodrigues)
O que foi meu é eterno
Hoje o dia está triste
E eu nem me sinto mal
Vejo apenas que o sol
Deu lugar para a neblina
Trazendo solidão que me ensina
Não há ninguém nas ruas
E a fria brisa toca meu rosto
Eu olho pela janela e as gotas de chuva caem
Talvez o que tanto doeu, já tenha se curado por si só
Ou talvez me acostumei com o jeito que vivo…
Sei que quando a chuva passar, não terei aonde ir
E nesse silêncio eu encontro tanta paz
Depois de ter sido quem fui, eu lembro
E pela manhã, eu esqueço
Mas sei que o que foi meu, passou…
E ninguém poderá me tomar
E eu simplesmente vivo. 
(Brenda Rodrigues)

Meu ponto de vista:
Brenda Rodrigues é a prova de que para escrever bem não é
preciso ter idade, aos 21 anos, a jovem escritora através de uma linguagem
coloquial, porém bem estruturada, conseguiu me tocar algumas vezes de forma
inesperada. Sentimentos adormecidos, amarguras enterradas, vieram à tona
enquanto eu me dedicava a leitura de seu livro. Algumas vezes me senti como se
estivesse em uma sessão de terapia, onde vemos nossos sentimentos bons e principalmente
ruins, desfilar a nossa frente num embate entre a felicidade e a tristeza.

O livro alterna os mais variados temas e a autora não o
deixa cair em monotonia, nos conduzindo por uma tempestade de sensações e causando
uma reflexão sobre a vida. Assim, o livro e sua autora são admiráveis
e de escrita sensível, que prende o leitor até o fim. Desejo que a autora
continue seus escritos pois com certeza ainda tem belas palavras para trazer ao
universo dos leitores.
Por fim, deixo-lhes o book trailer do livro que foi lançado
recentemente. 



Abraços e até o próximo post!









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