Com 70 galerias, Rotas Brasileiras abarca produção das cinco regiões, privilegia solos e projetos curados e investe na multiplicidade de linguagens artísticas

Jaider Esbell, “Os avós das aves”, 2021, acrilica sobre tela, foto de Filipe Berndt – Galeria Millan

A SP–Foto cresceu. Em 2022, a tradicional feira de agosto dedicada à fotografia passa a abranger múltiplas linguagens artísticas, além do destaque aos grandes fotógrafos nacionais. Trata-se da Rotas Brasileiras, que acontece de 24 a 28 de agosto na ARCA, galpão de 9 mil metros quadrados localizado na Vila Leopoldina, em São Paulo.

Com foco em projetos selecionados, sejam eles solos ou coletivos, a feira busca estreitar laços entre agentes das cinco regiões do país, valorizando a produção fotográfica e artística de todo o território nacional. Segundo Fernanda Feitosa, diretora da SP–Arte, “existe uma produção de altíssima qualidade que vem da Amazônia, do Vale do Jequitinhonha, de capitais e interiores em diferentes regiões a qual nem sempre temos acesso. Rotas Brasileiras é um convite a essa imersão”.

Participam 70 expositores, entre galerias de arte e projetos convidados que costuram diferentes pontos de vista do Brasil. Para essa edição, a SP–Arte preocupou-se em trazer expositores de diferentes estados que se interessam em falar sobre os diferentes fazeres artísticos brasileiros, desfazendo fronteiras entre o erudito e o popular, o centro e a periferia, o comercial e o institucional e trazendo a cosmovisão de diferentes Brasis. 

Projetos vindos principalmente de fora do eixo São Paulo–Rio apresentam exposições próprias, como Arte Pará (PA), um dos mais antigos eventos de artes visuais do Brasil, que comemora seus 40 anos e conta com a curadoria de Paulo Herkenhoff e Laura Rago; Uma Concertação pela Amazônia (AM), que mostra fotografias da região com curadoria de Eder Chiodetto; PREAMAR (MA), projeto que busca fomentar a produção de artes visuais do Maranhão a partir de uma articulação em rede; Novos para Nós (SP), que mapeia a arte popular de todo o Brasil e apresenta uma seleção de trabalhos de artistas do Vale do Jequitinhonha; Fundação Pierre Verger (BA), criada em 1988 em Salvador com objetivo de preservar e divulgar a obra do seu instituidor e estabelecer e manter intercâmbios culturais, humanos e científicos entre o Brasil e a África e, principalmente, entre a Bahia e o Golfo do Benin; Prêmio Museu É Mundo, edital que busca mapear, fomentar, difundir e viabilizar ações artísticas que propiciem desenvolvimento cultural e social nas diversas regiões do país; Instituto Mario Cravo Neto (BA), criado em 2016 para promover conhecimento e compreensão sobre o legado do artista, incluindo a variedade de técnicas, meios e assuntos que Cravo Neto explorou ao longo de sua vida; Bancos Indígenas do Xingu (MT), produzidos pelas etnias Kamayurá, Mehinaku e Waujá; e Wesley Duke Lee Art Institute (SP), instituto criado em 2015 que toma forma de uma casa-museu, reproduzindo o ateliê do artista que experimentou com o realismo mágico, além de reunir e preservar um acervo riquíssimo de documentos e objetos pessoais.

Galerias que tradicionalmente participam da feira também fazem parte da edição, como Almeida & DaleCentralChoque CulturalDAN Galeria, Galleria ContinuaGomide&Co, HOALuisa Strina, Marília Razuk, MillanNara RoeslerPaulo KuczynskiSurVermelhoVERVE e Zipper. Além destas, a Galatea, nova galeria paulistana dos sócios Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, faz sua estreia na feira com uma coletiva de artistas brasileiros que lidam em suas obras com composições geométricas construídas a partir da trama e da grade. Parte dos expositores vem de outros estados, como Marco Zero (PE), Paulo Darzé e Alban (BA), Karandash (AL), Karla Osório (DF), Rodrigo RattonAM GaleriaCelma Albuquerque e ArteFASAM (MG), Zielinsky (RS e Espanha) e Zilda Fraletti (PR). Veja a lista completa de expositores aqui.

A partir da noção de projetos, parte das galerias traz solos de artistas, como Sebastião Salgado (Aimorés, 1944), pela Silvia Cintra + Box4, Siron Franco (Goiás, 1947), pela Paulo Darzé Galeria (BA), Brisa Noronha (Belo Horizonte, 1990), pela Sé Galeria (SP), Maria Lira Marques (Araçuaí, 1945) pela Rodrigo Ratton Galeria (MG), Washington da Selva (Carmo do Parnaíba, 1991) pela Samba (RJ), enquanto outras promovem diálogos entre dois ou mais artistas, como Ana Claudia Almeida (Rio de Janeiro, 1993) e Tatiana Chalhoub (Rio de Janeiro, 1987), pela Quadra (RJ); e Simone Cupello (Rio de Janeiro, 1962), Sergio Augusto Porto (Rio de Janeiro, 1946) e Bruno Cançado (Belo Horizonte, 1981), artistas que trabalham processos extraídos do universo da construção e arquitetura, pela Central (SP); e Marepe (Santo Antônio de Jesus, 1970) e Panmela Castro (Rio de Janeiro, 1981), pela Luisa Strina (SP).

“Trata-se de um espaço para descoberta de novos artistas, resgate de nomes históricos, e ampliação de conhecimento, com um olhar aberto e curioso sobre a produção artística do país”, sugere a diretora de novos negócios da SP–Arte, Tamara Brandt Perlman. 

Sobre o local
A ARCA é um galpão industrial dos anos 1960, situado na Vila Leopoldina, polo que acompanha o crescimento e a dinamização de São Paulo. Inicialmente uma força motriz na industrialização da cidade, a ARCA se junta à SP–Arte para reimaginar a potencialidade dos encontros artísticos. São cerca de 9 mil metros quadrados de área interna e 16m de pé-direito, perto das marginais dos rios Pinheiros e Tietê e do acesso às principais rodovias que levam ao interior do estado, com uma boa provisão de ciclovias em seu entorno. Também conta com a vizinhança do CEAGESP e do Parque Villa-Lobos. A ARCA divide espaço com o State, coworking que reúne de startups a empresas de grande porte dedicadas ao desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas de comunicação, saúde, produtos e serviços. 

Patrocínios
A SP–Arte mantém uma estreita colaboração com seus patrocinadores, que compartilham a aspiração de criar uma plataforma global para a troca de ideias que impulsionam o mundo da arte. A Feira conta historicamente, há mais de 15 anos, com a Vivo, o Itaú (através da Rede) e o Iguatemi como seus patrocinadores master, aos quais se juntaram, neste ano, Orizon e Unipar. A SP–Arte tem, ainda, o patrocínio da Tiffany & Co.Liberty SegurosBeck’sChandonTerrazas de los Andes como suas bebidas oficiais, além de diversos parceiros como Café Orfeu. 

Serviço 

Rotas Brasileiras

24–28 agosto 2022 

Horários de abertura

Qua-sáb, das 12h às 20h 

Dom., das 11h às 19h 

Local

ARCA, Av. Manuel Bandeira, 360 – Vila Leopoldina, São Paulo, SP 

Entrada

R$ 50,00 (geral) R$ 25,00 (meia-entrada)

Meia-entrada para estudantes, portadores de deficiência e pessoas com mais de sessenta anos (necessária a apresentação de documento)

Crianças até dez anos não pagam entrada. 

Compra de ingressos

Ingressos exclusivamente online pelo link https://bilheteria.sp-arte.com/ 

Patrocínio master: Rede, Vivo, Iguatemi, Unipar e Orizon

Patrocínio: Tiffany&Co, Beck’s, Chandon, Terrazas de los Andes, Liberty Seguros, 

Apoio/Parceiros: Água na Caixa, Air France, Arte que Acontece, Arte1, Duratex, FOTOSFERA, Finarte, Orfeu, Terra, Tivoli, State, ARCA,  Jardineiro Fiel, Mitsubishi
Realização: SP–Arte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo

PRONAC 193601 – SP–Foto 2020

Classificação indicativa

Livre

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