Com um diálogo intimista e sensível, “A menina que queria ter rugas” marca a estreia de Fernanda Moro na literatura
Linhas no rosto. Marcas de expressão. São elas, as rugas. Essa mudança inevitável do passar dos anos tem um significado diferente dos homens para as mulheres. Enquanto neles é visto como sinal de amadurecimento, para elas a chegada da “velhice” é acompanhada da pressão estética da sociedade.
No lançamento A menina que queria ter rugas, Fernanda Moro apresenta reflexões reais, do ponto de vista de uma criança, sobre como as cobranças pela aparência impactam o olhar feminino. Publicada pela Citadel Editora, a obra é escrita em forma de diálogo, como um arquivo pessoal de memórias afetivas, e retrata três gerações de mulheres, da mesma família, que enxergam as rugas e o envelhecimento de maneiras totalmente diferentes.
Fernanda, ainda na infância, desejava os chamados “pés de galinha” no canto dos olhos, tal como sua avó materna os tinha. Usava as maquiagens da mãe para desenhar linhas no próprio rosto e por isso era constantemente repreendida. Onde já se viu uma menina querer ter rugas?
Dona Beatriz, a mãe, que se aproximava dos 50 anos e começava a perceber os primeiros sinais em sua pele, não conseguia entender porque a filha caçula queria tanto envelhecer. Já a avó, Anita, aprendeu com o tempo que aquelas marcas representavam a força, a luta e o poder feminino.
– A gente não nasce achando as rugas feias, bem pelo contrário!
A gente é ensinada a achar as rugas feias,
que envelhecer é ruim,
que a mulher só tem valor quando é jovem.
Tudo isso é imposto para as mulheres à medida que crescemos.
E envelhecer acaba sendo quase uma doença. […]
(A menina que queria ter rugas, pg. 22)
Com base nas vivências e constatações pessoais, a autora traz para as leitoras um olhar reflexivo sobre o sistema que impõem obrigações como, serem boas profissionais, bonitas, felizes e mães dedicadas. O livro é também uma maneira de Fernanda empoderar outras mulheres a serem quem quiserem ser e mostrar que podem chegar a qualquer lugar sem ficar refém da “beleza eterna”.
A escritora acredita que todas têm seu tempo e seu caminho e é preciso compreender este momento para falar sobre ele. Apaixonada por ouvir e contar histórias, Moro estreia na literatura com um livro escrito com a alma de uma criança e a verdade que as experiências da vida a trouxeram.
FICHA TÉCNICA
Título: A menina que queria ter rugas
Autor: Fernanda Moro
Editora: Citadel
ISBN/ASIN: 978-65-5047-171-2
Formato: 16×23
Páginas: 192
Preço: R$ 54,90
Onde comprar: Amazon
Sobre a autora: Fernanda Moro nasceu em 1977 e já experimentou muitos caminhos na criatividade. Estudou jornalismo, fez vários filmes como atriz, ganhou prêmios no Brasil e no exterior e sempre se dedicou a contar e a ouvir histórias. A menina que queria ter rugas é seu primeiro livro e surge de suas lembranças de infância (quando admirava as rugas de sua avó) e das conversas dos adultos que adorava escutar escondida. Um livro escrito com a alma de uma criança e a verdade que a experiência de vida traz para as mulheres. Todas têm seu tempo, seu caminho, mas é preciso falar sobre isso.
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