Foto divulgação

Obra organizada por Eugenio Lima e Majoí Gongora traz textos inéditos do projeto Diálogos Amefricanos, com contribuições de autores como Renata Tupinambá, Roberta Estrela D’Alva, Márcio Goldman e Cacique Babau.

No dia 20 de setembro, às 19h, o Coletivo Legítima Defesa, em parceria com o pesquisador, músico e diretor Eugênio Lima, lança o livro Améfrica (editora N-1) na Livraria Ponta de Lança, em Santa Cecília, São Paulo. O evento será uma noite de celebração, com um pocket show de Luz Ribeiro e Felipe Parra, além de uma discotecagem especial do próprio autor Eugênio Lima, integrando música e poesia.

Com o conceito de “Amefricanidade” cunhado por Lélia Gonzalez, permeia toda a obra, propondo um olhar que vai além das narrativas coloniais. O livro que tem organização de Eugênio Lima e Majoí Gongorra, apresenta reflexões sobre a resistência e a luta dos povos negros e indígenas no continente, articulando suas trajetórias históricas e os legados culturais que continuam a moldar a sociedade amefricana. 

“Lançar o livro Améfrica é a realização de um desejo antigo do Coletivo, pois ele nos faz refletir sobre as diversas formas de contar a história da sociedade brasileira e do continente Amefricano”, afirma Eugênio Lima. 

Além do lançamento do livro, a noite contará com performances que dialogam diretamente com as discussões presentes na obra. Luz Ribeiro e Felipe Parra trarão um pocket show, com poesia e musicalidade, criando uma atmosfera imersiva para o público. A discotecagem de Eugênio Lima chega para manter o ritmo e a energia da celebração, ampliando o diálogo entre o texto, a música e a resistência cultural.

O livro também conta com a dramaturgia do espetáculo Améfrica: Em Três Atos, do Coletivo Legítima Defesa, que estreou em 2022 no Sesc Pompeia e recentemente passou por uma temporada no Teatro do Sesc Copacabana, de 22 de agosto a 15 de setembro de 2024, com a presença do ator Antônio Pitanga. A obra, dividida em três atos, explora as confluências entre as trajetórias negras e indígenas. No Ato 1, Cicatriz Tatuada, com dramaturgia de Claudia Schapira, há uma exibição em formato de filme. O Ato 2, A Retomada, escrito por Aldri Anunciação, é uma peça-intervenção que fala das lutas por territórios e memórias. Já o Ato 3, A Tempestade, assinado por Dione Carlos, é uma intervenção performática, trazendo videoinstalação, música, dança e mixtape.

Eugênio Lima, diretor do espetáculo, destaca a importância de abordar as tensões entre negros e indígenas: “A ideia de ‘Confluência na Retomada’ é a própria metáfora do espetáculo, nossa função é localizá-la num espaço onde se revelam as tensões da nossa sociedade, na qual negros e indígenas ainda lutam para escapar do genocídio e do racismo estrutural, procurando recuperar a dignidade e a liberdade num sistema colonial que se atualiza constantemente”, diz. 

No livro, assim como no espetáculo, essas confluências são investigadas e expandidas, resgatando narrativas silenciadas pela colonização. A obra também inclui textos inéditos do projeto Diálogos Amefricanos, com contribuições de autores como Renata Tupinambá, Roberta Estrela D’Alva, Márcio Goldman e Cacique Babau.

Este lançamento é uma oportunidade única de se conectar com a produção intelectual e artística que visa recontar a história da América Latina sob a perspectiva das suas diásporas africanas e indígenas.

Serviço:

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