Que o mundo é estranho poucos duvidam, mas nem todos entendem suas faces pontiagudas e tortuosas, porquanto a maioria das pessoas não passa de sonâmbulos inconscientes transitando de um lado ao outro sem saber que vivem no plano do bizarro. Não compreendem a realidade ao seu redor.

E já que adentramos em questões insólitas, vamos relembrar de um dos grandes escritores da literatura mundial do século XX, Franz Kafka.

Não tenho autoridade para chamá-lo de “Mestre das Estranhezas”, no entanto, tenho consciência de que, por compreender as estranhezas do mundo, kafka fazia uso de ferramentas linguísticas esdrúxulas extraídas de relações intrincadas para dizer verdades impiedosas.

Ele era um observador nato ao perceber claramente as intempéries da humanidade, mas a sua leitura não se restringia a simples aspectos objetivos, aprofundava suas visões invadindo obscuridades que poucos têm coragem de encarar.
Em suas obras manifestava o excêntrico para demonstrar o quão louco se torna o íntimo das pessoas no dia a dia, o qual, aparentemente, parece ser normal.

O escritor de língua alemã, nascido em Praga, abusava da genialidade que lhe era peculiar ao descrever situações fora dos patrões, apesar de não se afastar da plausibilidade do cotidiano. E nesse contexto revelava o lado 
grotesco de nossa existência.

Para conhecer os meandros de sua obra asfixiante, porém, paradoxalmente, libertadora, eu recomendo ler “Diários de Kafka”. 

A partir desse livro as demais obras tornam-se mais claras, possibilitando ao leitor entender com maior profundidade a literatura Kafkiana.

Nas páginas dos “Diários de K.”, o escritor judeu discorreu sobre sua própria vida envolvida por questões íntimas, familiares, políticas e sociais, paralela a uma Europa em crise que gestava às insanidades do Nazismo.

Não sei se ele anteviu as desgraças que estavam por despontar, mas sei que ele enxergava além e escrevia de modo surreal e aflito, ao modo estranho do mundo.

SOBRE FAUNO MENDONÇA:

Nasci no Planalto Central, Goiânia, em 1968, ano que nunca acabou. Período tumultuado não somente no Brasil, mas, sobretudo, no mundo.
No início do primeiro verão da década de 90, tornei-me bacharel em Direito, fui advogado e atualmente trabalho no Poder Judiciário e resido em Brasília há quase trinta anos.
A literatura surgiu desde sempre em minha vida, não somente lendo os clássicos, mas, principalmente, lendo as pessoas, o mundo e suas intempéries.
Aos 35 anos, escrevi meu primeiro livro: “A Busca dos Loucos”, tendo seu lançamento ocorrido alguns anos depois. O livro, de profunda introspecção, foi escrito fora dos padrões lineares, mas tem início, meio e fim.
Após mais de 10 anos sem produzir, escrevi “Encontre-se”, um livro de ensaios que indicam ao leitor a possibilidade de enxergar a vida por vários ângulos para buscar caminhos plausíveis.
Por fim, em 2017, surgiu a vontade de escrever D. e o Procurador, livro imerso em valores nobres de nossa existência, baseado na magnífica obra “Drácula” de Bram Stoker. Na obra, busquei enaltecer sentimentos verdadeiros de seus protagonistas.
No início de 2022, lancei Ao Norte do Silêncio, crônicas que procuram afastar a loucura que o mundo impõe às pessoas.
No final do mesmo ano terminei de escrever Bragof.
Nesse livro busco demonstrar as fraquezas humanas e suas ilusões perdidas.
A literatura desvenda a vida!

SITE: https://www.faunomendonca.com/

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