Quando bem feita, a
ficção científica pode se tornar um gênero absolutamente filosófico. Seu salto
para o futuro permite discutir e inferir questões sobre a vida humana e os
mistérios do universo. Exemplo disso é o filme Interestelar, de Christopher
Nolan, de 2014.
Na história, a
humanidade corre o risco de extinção graças a pragas nas lavouras e tempestades
de areia. É quando surge nas proximidades de Saturno um buraco de minhoca, que
pode levar a planetas habitáveis. Para quem não sabe, o buraco de minhoca é uma
dobra no espaço-tempo, que permite pular grandes distâncias em pouco tempo.
Em uma das sequências
mais interessantes, os exploradores vão parar em um planeta com gravidade tão
forte que o tempo se distoce, de modo que cada hora na superfície do planeta
equivale a sete anos na terra.
O filme usa os
preceitos da teoria da relatividade e da física quântica a serviço de uma
história instigante e complexa. Hollywood ainda é capaz de produzir filmes que
nos fazem pensar. 

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