Foto divulgação – F. C. Gonçalves |
Fale-nos sobre você.
Olá! Meu nome é
Flávio e tenho 35 anos. Nasci em Campos do Jordão (SP) e atualmente resido em
Santo André, região metropolitana de São Paulo. Desde 2010, leciono Física no
ensino básico, além de atuar como divulgador científico nas áreas de cultura
científica e didática das ciências no projeto ccult.org. Nas horas vagas
(ou não), me divido entre leituras e tirar fotografias, além de ser um torcedor
incorrigível da Sociedade Esportiva Palmeiras.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o
livro. O que motivou a escrevê-lo?
Posso dizer que o
embrião deste livro está em minha pesquisa de mestrado, que defendi no Programa
de Pós-Graduação em Projetos Educacionais de Ciências em 2019. Nela, pesquisei
a respeito da formação da cultura científica no ensino básico e uma das
constatações é que apesar do interesse dos adolescentes em temas de ciência,
aspectos importantes sobre a prática da ciência, como os métodos e as formas de
apresentação e de disseminação do trabalho dos cientistas, eram negligenciados,
por diversos motivos. Entender os processos da ciência é fundamental para
compreender como o conhecimento científico se desenvolve e como ele influencia
em nosso cotidiano. Assim nasceu o meu projeto de divulgação científica que
versa sobre esses aspectos do trabalho científico e outros temas ligados ao
ensino de ciências da natureza. Em 2021, em um convite da comissão organizadora
da Semana de Psicologia da Universidade de Taubaté (onde me graduei em Física,
em 2010), ministrei uma palestra sobre as mudanças relacionadas com a forma de
se conceber o que é ciência ao longo do tempo. Foi então, a partir desta
palestra, que o livro nasceu, cresceu e hoje está finalmente publicado pela
Editora Ciência Moderna.
Fale-nos sobre seu
outro livro: “Tendências epistemológicas e a cultura científica em sala de
aula: discutindo a prática científica no ensino de ciências”.
O “Tendências
Epistemológicas” é o meu primeiro livro, lançado em coautoria com a Profª
Sandra Schneider, docente do Programa de Pós-Graduação em Projetos Educacionais
de Ciências da Escola de Engenharia de Lorena (EEL USP). Nele, discutimos a
importância da formação da cultura científica no ambiente escolar e propomos
uma forma de se verificar as tendências de pensamento a respeito da natureza da
ciência em alunos do ensino básico, isto é, formas de se verificar como os
alunos concebem o que é ciência e como eles relacionam o avanço do conhecimento
científico e as influências que cientistas e a sociedade trocam entre si. É uma
obra tanto para pesquisadores sobre o tema, quanto para pessoas que desejam
compreender a formação da cultura científica em sala de aula e que está
disponível em formato impresso e em e-book.
Fazer ciência no país
é um bicho de sete cabeças? Como analisa a ciência no país, de modo geral?
Fazer ciência no
Brasil é um esforço homérico. Temos pesquisadores de muita qualidade, mas que,
infelizmente, não recebem o reconhecimento social e econômico que merecem.
Obter verbas de financiamento de pesquisa científica, quase toda financiada
pelo poder público, é muito difícil e mantê-la é ainda mais custoso, levando em
conta toda a burocracia e dedicação que é exigida dos pesquisadores. Pesquisas
de ciência básica, que não possuem, necessariamente, aplicação imediata em uma
tecnologia ou solução de um problema, sofrem demais com este cenário e isso,
claro, envolve diversas áreas do conhecimento científico. Contudo, ainda tenho
a esperança de que este cenário mude, não apenas com a conscientização e apelo
do público para o reconhecimento financeiro, mas também para o reconhecimento
da importância da ciência para o desenvolvimento de um país.
Uma pergunta que não
fizemos e que gostaria de responder.
Além de acompanhar
o meu trabalho no ccult.org, os meus conteúdos, textos e principalmente,
as fotografias que registro pelo mundo estão publicados em meu perfil no
Instagram (@fcgoncalves87) e em meu Facebook (@ofcgoncalves).
Link para os livros:
https://lcm.com.br/site/#livros/detalhesLivro/ciencia-nao-e-um-bicho-de-sete-cabecas.html
Sobre o ccult.org:
CIDA
SIMKA
É licenciada em Letras pelas
Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos
livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita:
atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca
(Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O
quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora
Ciência Moderna, 2023) e Horrores da escuridão (Opera editorial, 2023).
Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde
1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática,
literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou,
com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da
revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula
Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de
Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de
bondade (Editora Ciência Moderna, 2023) e Horrores da escuridão (Opera
editorial, 2023).