Paulo Roberto
Tavares Pereira
nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 26 de março de 1944.
Casou-se com Maria José, nascendo da união os filhos Paulo Filho, Dalila Esther
e Antônio Luís.

Formado em
Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciência Sociais Aplicadas do Sul de Minas
Gerais (FACESM) e bacharel em direito pela Faculdade de Direito do Sul de
Minas. Possui curso de especialização lato sensu em Docência do 3º Grau pela
Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá (FEPI).

Já atuou como
Diretor Comercial, Diretor Superintendente, agropecuarista, comerciante e
professor de Economia e Mercado. Mas desde 1991, quando concluiu sua graduação
em Direito, exerce a profissão de advogado, tendo sido Conselheiro da 23ª Seção
da OAB/MG.

Durante o
período de 1994 a 2003, foi voluntário na Associação dos Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE) de Itajubá, aonde exerceu o cargo de Presidente do Conselho
Deliberativo. Pertenceu também ao Conselho Municipal de Assistência Social de
Itajubá. Foi também sócio representativo do Rotary Club de Itajubá de 2004 a
2019, ocupando os cargos de Secretário e Presidente. Atualmente, é membro
efetivo da Academia Itajubense de História e Academia Itajubense de Letras e
ocupa o cargo de Vice-Presidente. É autor dos livros “A ÓPERA VOCÊ E EU”, “O
QUARTETO DE NOVELAS” e “O QUARTETO DE NOVELAS II”, todos os livros publicados
pela Editora Viseu. Atualmente está escrevendo “O QUARTETO DE NOVELAS III”.
 

ENTREVISTA: 

Conexão Literatura: Poderia
contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
 

Paulo Tavares: Parece
estranho o que vou falar. Eu sempre escrevi muitos artigos que versavam sobre
enredos de óperas juntamente com suas análises e sempre acompanhados por
algumas informações sobre a vida do compositor. Mas esse livro “A ÓPERA VOCÊ E
EU” nasceu por incentivo de minha filha. Certa vez estava ouvindo Aída de
Giuseppe Verdi e comecei a lhe explicar o que estava acontecendo. Ela me disse
em bom tom: “pai, você precisa escrever um livro dessa maneira”. Logo em
seguida ela sugeriu o nome do livro. Livro esse que ficou 17 anos esperando a
sua publicação. Mas enfim aconteceu em 2021. Depois durante a pandemia em tive
que fazer isolamento social, pronto, afastado do escritório comecei a escrever
novelas, e já tenho dois livros públicos O QUARTETO DE NOVELAS e o QUARTETO DE
NOVELAS II .
 

Conexão Literatura: Você é
autor do livro “A Ópera, Você e Eu”.
Poderia comentar?
 

Paulo Tavares: A maioria dos livros que fala sobre ópera
sempre exige dos leitores algum conhecimento de música. Mas “A ÓPERA, VOCÊ E EU” não tem esse
perfil. Foi escrito de leigo para leigo. Seu objetivo é a abordagem das óperas
que tenham cunho político, social e histórico. Não foram escolhidas aquelas
mais famosas ou de grande bilheteria, mas sim as que tenham esses temas dentro
de seus enredos e que, com certeza, marcaram uma época. Neste livro você
encontrará também um relato sobre a vida do compositor, sobre a sociedade em
que ele vivia, bem como a situação política de seu país para que se possa
melhor entender a sua música e o que o compositor quis mostrar com aquele seu
trabalho.

Não é um livro
musical, nem mesmo um livro de história. Ele busca relatar o esplendor de uma
forma de teatro e que marcou uma época. Ao ler o livro será possível
entender e descobrir as incertezas e desvendar a verdade de um determinado fato
histórico. Não há necessidade de se prender a diretrizes cronológicas ou até
mesmo qualquer método de classificação. O que realmente se pretende é percorrer
os temas escolhidos e que poderão ser lidos na ordem que melhor aprouver. O que
torna este livro como sendo um tema puramente cultural, levando o leitor à
elucidação de uma arte, a ópera, desvendando seus mistérios e suas histórias.
 

Conexão
Literatura: Como é o seu processo de criação? Quais são as suas inspirações?
 

Paulo
Tavares:
O livro “A ÓPERA VOCÊ E EU” realmente nasceu por diversos artigos que
fui escrevendo durante a minha vida. Depois baseados naqueles artigos pude
acrescentar e ver realmente o que eu queria mostrar dentro do contexto. Já com
os outros dois livros que escrevi novelas nasceram num momento em que procurei
fazer alguma coisa para matar o tempo de isolamento social. E por incrível que
pareça nascem as novelas primeiramente com o título escolhido e imagino como
deverá ser o final, pronto, daí inicio o processo de escrita.
 

Conexão Literatura: Poderia
destacar um trecho do livro especialmente para os nossos leitores? 
 

Paulo Tavares: Com certeza.

Há muitos
filmes que utilizam trechos líricos para ilustrar sua trilha sonora e, com
certeza, na maioria deles, essas árias ou trechos não condizem com a realidade
da cena que se quer mostrar, tornando-se até certo ponto pitoresco e
inadequado.  Mas no filme Filadélfia de direção de Jonathan Demme, estrelado por Tom Hanks e Denzel Washington uma das músicas da trilha sonora é La mamma morta interpretado por Maria Callas.

            O
filme se baseia na vida de um jovem e promissor advogado, Andrew Beckett (Tom Hanks), que é demitido da empresa em que
trabalha por ser portador do vírus da AIDS. 
Ele contrata Joe Miller (Denzel Washington) para ajuizar uma ação de indenização baseada na
discriminação que sofreu por ter uma doença além de contagiosa, muito
preconceituosa.

            Quando
Andrew Beckett e Joe Miller se reúnem para discutir sobre o depoimento pessoal na
audiência que ocorrerá no dia seguinte, a música de fundo nada mais é do que a
ária La mamma morta com Maria Callas. E, toda vez que Miller tenta direcionar as perguntas que
poderão ocorrer no tribunal, Beckett
começa a falar sobre a ópera, mostrando a situação de Maddalena.  Assim se vê
claramente que a situação do advogado é a mesma da Maddalena.  Não importa mais
o que possa ocorrer, assim como Maddalena,
Beckett também já se sente acabado,
uma pergunta a mais ou a menos, um homem a mais em sua vida ou a menos, pouco
importa ambos já se sentem liquidados.

            Na
ária “La mamma morta,
Giordano consegue mostrar o desespero
de uma mulher em se dispor a salvar o homem a quem ama.  Já no filme Filadélfia, quando ocorre uma considerável mudança de cenário e
época, a música composta por Giordano
consegue retratar a angústia de um homem ultrajado pela discriminação social.
 

Conexão Literatura: Como o
leitor interessado deve proceder para adquirir o livro?
 

Paulo Tavares: O livro foi
editado pela “EDITORA VISEU” e está disponível na Amazon.com, Magazine Luiza,
Saraiva, Americanas, Livraria Cultura. Eu tenho alguns exemplares disponíveis.
Podem também entrar em contato pelo meu facebook “Paulo Tavares” que o leitor
irá receber um exemplar. O livro também pode ser encontrado no eBook, uma
edição virtual.
 

Conexão
Literatura: Quais dicas daria para os autores em início de carreira?
 

Paulo
Tavares:
A dica que eu dou é que não desista de seus projetos. Procure ser
persistente. Um dia acontece. Pronto e lá surge um novo escritor.
 

Conexão Literatura: Existem
novos projetos em pauta?
 

Paulo Tavares: Sim. Estou
trabalhando no QUARTETO DE NOVELAS III – que terá quatro novelas: A Real vida
Irreal, Um gosto de Festa, O Menino e as Estrelas e Pimenta, Amor e Azeitonas.
 

Perguntas rápidas: 

Um livro: A Vingança do Judeu

Um ator ou atriz: Toni Ramos

Um filme: A noviça Rebelde

Um hobby: Ouvir, assistir e
ler sobre ópera.

Um dia especial: Acho que
todos os dias para mim são especiais.
 

Conexão Literatura: Deseja
encerrar com mais algum comentário?
 

Paulo
Tavares:
Gostaria que o leitor da Conexão Literatura estivesse sempre atento
para descobrir e se encontrar com qualquer atividade de cultura e arte que
estão faltando em nosso país.

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