O escritor Jose Nelson Freitas ao
escrever a obra “O Segredo do Caminho –
O Chamado”
, primeiro volume da trilogia “O Segredo do Caminho”, ousou
utilizar caminhos muito difíceis. O primeiro
caminho que ele enveredou, foi criar uma história em que os heróis terão que
enfrentar diversos desafios mortais para recolher 33 pedras mágicas e impedir a destruição do universo, um tema complexo e ao
mesmo tempo motivador. O segundo caminho, foi trazer para dentro da história
pessoas reais que encontrou durante a peregrinação no “Caminho de Santiago de Compostela”, caminho Francês. Com
certeza, no caminho ele encontrou muitas
pessoas de diversas nacionalidades, mas o que chama a atenção foi construir
esses personagens partindo de contatos tão curtos que ele reputa de intensos.
No universo dos personagens ele captou aqueles aspectos mais íntimos e pessoais
daquelas pessoas que um dia estariam lutando, interagindo, vivendo juntos em
uma grande aventura.
 

Pinçar pessoas reais para
dentro de uma história épica, grandiosa é de uma complexidade ímpar. Lendo e
relendo o livro, me vem à memória o filme de Woody Allen, “A Rosa Púrpura do
Cairo”, um clássico. Neste filme o personagem de Jeff Daniels, Tom Baxter simplesmente pula da
projeção e invade o mundo real, motivado pelo encanto que começa a sentir
movido pela assistência constante da bela e delicada Cecília (Mia Farrow),
mulher que, para fugir dos inúmeros problemas que está enfrentando em sua vida
real, decide passar o dia inteiro dentro da sala de cinema, revendo uma sessão
atrás da outra do mesmo longa
. No livro, temos o contrário, pessoas
comuns entrando em uma grande história para salvar o universo. 

Nesse contexto, tivemos a
oportunidade de entrevistar três personagens, para conhecer um pouco deles e
como viram ou sentiram quando se depararam que estavam fazendo parte de uma
grande obra literária.
 

Entrevista com os personagens de “O Segredo do Caminho – O Chamado”

Maria da Conceição Pires Farias – Anahi 

Quem
é Anahi?
Anahi é uma índia Tupi
Guarani, a esposa de Yakecan e acima de tudo, guerreira.
 

Anahi é o alter ego de Maria da
Conceição Pires Farias, nascida em Meruoca no Ceará, 73 anos, corredora
maratonista, peregrina convicta, pedagoga de profissão,  esposa, mãe e avó.
 

Revista Conexão Literatura: Quem é Maria da Conceição Pires Farias? 

Maria da Conceição Pires Farias:

Eu me considero uma pessoa como
qualquer outra, trabalhei, casei-me, tive filhos, netos e me aposentei.

Tenho minhas preferências de
como quero viver. Gosto de correr, principalmente corridas longas e de
aventuras, gosto de peregrinar, conhecer o mundo correndo, ou por uma mochila
nas costas e sair caminhando, conhecendo lugares
diferentes, desfrutando da natureza. 

Revista Conexão Literatura: O que você sentiu quando ficou sabendo que seria um dos
personagens desta saga? 
 

Maria da Conceição Pires Farias:

Fiquei muito feliz, me senti
honrada em participar dessa grande jornada.
 

Revista Conexão Literatura: Explique para nossos leitores como é viver sua vida real e ao
mesmo tempo saber que você faz parte de uma epopeia que irá salvar todo
universo?
 

Maria da Conceição Pires Farias:

Na minha vida real procuro
objetivos de vida. Mas viver uma aventura como Anahi, com um objetivo tão
grandioso é tudo que eu queria na vida real.
 

Revista Conexão Literatura: Já vimos em um filme de Woody Allen (A Rosa Púrpura do Cairo) um
personagem que sai da tela, assume uma vida e se apaixona por uma garota. Você
consegue entender que você está fazendo o caminho contrário? 
 

Maria da Conceição Pires Farias:

No filme “A Rosa Púrpura do Cairo” o personagem sai
da tela, mas a protagonista (Cecília) também entra na tela e vive momentos de
fantasia.
 

No livro, como Anahi, eu entro
na fantasia do autor
, viro uma heroína junto com Yakecan, aonde vamos em busca
das pedras para montar o “Colar Universal” e assim salvar o universo.
 

Como a protagonista do filme,
eu entro nas páginas do livro e vou viver um mundo de aventuras fantásticas,
talvez seja isso que busco na vida real.
 

Revista Conexão Literatura: Não conheço na literatura um caso como este. Você já imaginou se
o livro se torna famoso, a Netflix resolve produzir a história e você vai poder
ver seu personagem na tela lutando para salvar o universo? O que você pensa
sobre isso? 
 

Maria da Conceição Pires Farias:

Seria maravilhoso se isso
acontecesse. Muitas pessoas iriam assistir ao filme e a mensagem que o livro
transmite seria mais divulgada.
 

Revista Conexão Literatura: O que você tem em comum com seu personagem? 

Maria da Conceição Pires Farias:

Tudo. O autor soube captar os
meus anseios mais profundos. Talvez
seja por tanto tempo de convivência. 

Revista
Conexão Literatura
: O que essa obra
representa para você e para quem você recomendaria?
 

Maria da Conceição Pires Farias:

Essa obra representa um sonho
que o autor sempre teve, e que agora está sendo realizado. Recomendo esse livro
a todos os leitores que gostem de aventuras e que também tenham seus sonhos e que
nunca desistam
deles.

 

Wagner Desio – Desioh 

Quem
é Desioh?
Primeiro Ministro, amigo e
confidente de Anacon, o Senhor dos Magos. É um dos Magos mais importante do
universo.
 

Desioh é o alter ego de Wagner Desio,
empresário, nascido em São Paulo, peregrino, formado em Administração de Empresas,
casado e pai.
 

Revista Conexão Literatura: Quem é Wagner Desio? 

Wagner Desio:

Brasileiro nascido em São Paulo capital em 1962, microempresário, pai, marido e peregrino de corpo e alma.
Amigo de muitos e apaixonado pelas caminhadas. Sempre em busca do “SER” e do bem-estar
físico e mental através da meditação e do esporte.
 

Revista Conexão Literatura: O que você sentiu quando ficou sabendo que seria um dos
personagens desta saga? 
 

Wagner Desio:

Fiquei muito feliz. Foi uma
surpresa sem tamanho, me senti um verdadeiro herói!
 

Revista Conexão Literatura: Explique para nossos leitores como é viver sua vida real e ao
mesmo tempo saber que você faz parte de uma epopeia que irá salvar todo
universo? 
 

Wagner Desio:

Fazendo um paralelo com a vida
real, estamos sempre tentando salvar nossas vidas do fracasso ou de uma vida
sem um
propósito.
No livro temos uma missão e um
propósito,
salvar o universo do seu fim. Assim nosso ego fica polido!
 

Revista Conexão Literatura: Já vimos em um filme de Woody Allen (A Rosa Púrpura do Cairo) um
personagem que sai da tela, assume uma vida e se apaixona por uma garota. Você
consegue entender que você
está fazendo o caminho contrário?  

Wagner Desio:

Mergulhando nas páginas do
livro do nosso querido autor, nos tornamos eternos.
 

Revista Conexão Literatura: Não conheço na literatura um caso como este. Você já imaginou se
o livro se torna famoso, a Netflix resolve produzir a história e você vai poder
ver seu personagem na tela lutando para salvar o universo? O que você pensa
sobre isso? 
 

Wagner Desio:

Muita gratidão! E podendo
passar algo de bom para meu filho Gabriel. Mostrando que no Caminho encontramos
pessoas amadas e do bem. E que a amizade é um diamante lapidado por um ser
maior.
 

Revista Conexão Literatura: O que você tem em comum com seu personagem? 

Wagner Desio:

Um amigo leal, pronto para
ajudar, e tentar ao máximo aliviar as dores e contemplar a beleza da vida!
 

Revista
Conexão Literatura
: O que essa obra
representa para você e para quem você recomendaria?
 

Wagner Desio:

Tem um significado de vitória
pós
batalha de
uma
caminhada árdua, por montanha, vales e
dias de muito sol e chuva. Gosto de alegria, festa entre amigos queridos.
Reflexão de nossa existência. Recomendo para todos que estão na busca por algum
significado na vida, não fique no seu estado de conforto. Busque uma missão em
sua vida, de valor na sua e nas pessoas que você ama.
 

 

Vittorio Guabello – Vittório  

 Quem é Vittório? Filho único do Senhor dos Magos, Anacon. Mago e guerreiro. 

Vittório é o alter ego de
Vittório Guabello, italiano, peregrino, amante da música e das artes de um modo
geral 
  

Revista Conexão Literatura: Quem é Vittorio Guabello? 

Vittorio Guabello:

Sono un normalissimo uomo
italiano di 52 anni. Amo l’arte, non ho un indole avventurosa, anche se mi
piace ogni tanto lanciarmi in qualche “impresa” come lo è stata il Cammino di
Santiago. Però non mi sarei mai immaginato in un ruolo di mago e
guerriero. 
 

Sou um homem italiano normal de 52
anos. Gosto de arte, não tenho um carácter aventureiro, embora goste de
embarcar em algumas “façanhas” de vez em quando, como foi o Caminho
de Santiago. Mas nunca me imaginaria no papel de um mágico e guerreiro.
 

 Revista Conexão Literatura: O que você sentiu quando ficou
sabendo que seria um dos personagens desta saga? 
 

Vittório Guabello: 

 La cosa mi ha incuriosito e
molto divertito.
 

Fiquei intrigado e muito divertido.  

Revista Conexão Literária: Explique para nossos leitores como é viver sua vida real e
ao mesmo tempo saber que você faz parte de uma epopeia que irá salvar todo universo? 
 

Vittorio Guabello: 

In tutta onestà, essere parte di una
storia del genere mi rende felice, tuttavia la mia vita continua come prima.

Molto probabilmente, Jose Nelson
Freitas vede nella mia mente qualcosa che sembra suggerire una persona che è
nella sua mente. Sono contento di ciò.
 

Com toda a honestidade, o fato de
fazer parte de uma história assim me deixa feliz, entretanto, minha vida
continua do mesmo jeito de antes.

Muito provavelmente, José Nelson
Freitas vê em minha mente algo que parece ser sugestivo de uma pessoa que está
em sua mente. Fico feliz por isso.

Revista Conexão Literatura: Já vimos em um filme de Woody Allen (A Rosa Púrpura do
Cairo) um personagem que sai da tela, assume uma vida e se apaixona por uma
garota. Você consegue entender que você está fazendo o caminho
contrário? 
 

Vittorio Guabello:

 Credo che questo aspetto non
sia limitato solamente al film che ha citato. Tutta la storia del cinema è
zeppa di personaggi tratti dalla vita reale: gli autori è lì che traggono
ispirazione per costruirli.
 

Penso que este aspecto não se limita
apenas ao filme que mencionou. Toda a história do cinema está repleta de
personagens retirados da vida real: é aí que os autores se inspiram para as
construir.
 

Revista Conexão Literatura: Não conheço na literatura um caso como este. Você já
imaginou se o livro se torna famoso, a Netflix resolve produzir a história e
você vai poder ver seu personagem na tela lutando para salvar o universo? O que
você pensa sobre isso? 
 

Vittorio Guabello:

È una cosa che auguro di cuore
a Freitas, prima di tutto. Dal mio punto di vista ne sarei felice e spererei
che la parte di Vittorio venga assegnata a qualcuno di particolarmente bravo e
famoso. 
 

É algo que desejo vivamente a
Freitas, antes de mais. Do meu ponto de vista, ficaria feliz com isso e
esperaria que o papel de Vittorio fosse atribuído a alguém particularmente bom
e famoso.(:-D LOL)
 

Revista Conexão Literatura: O que você tem em comum com seu personagem? 

Vittorio Guabello:

L’aspetto fisico innanzitutto.
Poi un certo spirito che è comune a tutti noi mentre percorriamo il
cammino di Santiago.
 

Antes de mais, o aspeto físico.
Depois, um certo espírito que é comum a todos nós ao percorrermos o Caminho de
Santiago.
 

Revista Conexão Literatura: O que essa obra representa para você e para quem você
recomendaria?
  

Vittorio Guabello:

La consiglierei a tutti quelli che
amano il fantastico, i miti e le atmosfere tolkieniane. Per me
rappresenta una simpatica opportunità per mantenere il contatto con l’autore.
Durante il cammino ci separava una barriera linguistica che ora con “Deepl” e
“Google translate” è stata abbattuta.
 

Recomendo-o a todos os que gostam
de fantasia, mitos e ambientes Tolkien. Para mim, representa uma boa
oportunidade de manter o contato com o autor. Ao longo do caminho, uma barreira
linguística separou-nos, que foi agora quebrada com o “Deepl” e o
“Google translate”.


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