Com uma escrita ágil, forte e sem meias palavras, Roger nos apresenta em seu primeiro romance uma estética que desmascara e questiona a sociedade brasileira dos reality’s shows, e dos influenciadores. 

“Ovelha Cinza”, um romance sobre a raiva, reflete brutalmente o caminho de polarização que vivemos fora e dentro de nossas casas.

Seu original já está sendo negociado com editoras do Brasil e de Portugal. 

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: O que o inspirou a começar a escrever?

Roger Iglesias Berardo: É até cômico dizer isso, mas a probabilidade de eu me tornar escritor era mínima – minha mãe nunca foi ligada às artes e meu pai, bom, meu pai pior ainda, só leu dois livros na vida e ambos na infância dele. Eu, pelo contrário, sempre curti a arte da escrita, e eventualmente espiralei através da soma disso com minha criatividade. Eu costumava escrever poemas, mas migrei para romances e não me arrependo – criar um mundo, um universo, uma estória que vem da sua mente é algo divino e célebre.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Ovelha Cinza”. Pode comentar sobre a história?

Roger Iglesias Berardo:  Ovelha Cinza é um romance sobre a raiva, a raiva que sentimos em polarizações, controvérsias, situações, e o caramba a quatro. É a estória de vários indivíduos presos juntos em um reality show e sob enorme pressão por influência de eventos polarizantes, o que aflora o ódio em cada um deles. A raiva é explorada durante todo o livro, e o desenvolvimento dos personagens fala por si só.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo demorou para escrever o seu livro?

Roger Iglesias Berardo: Comecei este livro antes da pandemia, em 2019, e em um ano, quando o mundo já estava de cabeça pra baixo devido ao Corona Vírus, terminei o manuscrito em uma casa de praia em Alagoas. Não houve tanta pesquisa envolvida, fui mais com meu coração e discernimento próprio. 

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Roger Iglesias Berardo: 

“Nos ensinam tanto a virtude oposta da paciência, nos ensinam a função, nos ensinam a 

tolerância – Mas até quando teremos que ser pacientes e tolerantes?

Cólera é ruim, raiva não. Abrace sua raiva hoje, e lide com ela da melhor forma que 

conseguir. Ser absolutamente e exageradamente justo é também ter raiva em si – Por que ser 

justo só com o outro? Seja justo consigo mesmo e jamais se deixe tornar frustrado e amargo 

pela falta de uma reação”.

Conexão Literatura: Se você fosse escolher uma trilha sonora para o seu livro, qual seria?

Roger Iglesias Berardo: A resposta óbvia seria algo como “Ovelha Negra”, da Rita Lee, devido ao título, mas não – a ovelha é cinza, e não negra e nem branca. Acredito que “Ideologia”, de Cazuza, e “Que País É Esse?” do Legião Urbana representam bem os aspectos sobre radicalismos e o tom político da obra.

Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para acompanhar o lançamento do seu livro e saber um pouco mais sobre você, e o seu trabalho literário?

Roger Iglesias Berardo: Acredito que é uma obra para todo mundo, e uma estória que precisa ser contada – espero que os possíveis leitores acompanhem, pois tenho fé que é algo que vale a pena ser lido. No meu Instagram, @valiumhippy, e no meu website valiumhippy.com/, há muito sobre minha personalidade e meu trabalho. Como também na página da agência que administra esta obra, Casa Projetos Literários, os futuros leitores poderão acompanhar o ciclo de lançamento.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Roger Iglesias Berardo: Difícil dizer, mas nunca realmente fico parado. Por enquanto, meu foco é “Ovelha Cinza”, mas tenho um segundo romance em desenvolvimento e sou também pintor comercial, o que significa que pinto para produtos artesanais feitos por mim num estilo artístico que chamo de “Banana People”, que é arte em estilo surrealista, até meio amador, que retratam conteúdo adulto comédico. 

Perguntas rápidas:

Um livro: “Hannibal”, de Thomas Harris

Um (a) autor (a): Nelson Rodrigues

Um ator ou atriz: Deborah Secco

Um filme: “Boa Sorte”

Um dia especial: O dia em que terminei “Ovelha Cinza” no litoral alagoano e entrei no mar com a sensação de dever cumprido.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Roger Iglesias Berardo: Espero que este livro seja uma leitura agradável para o entretenimento e turbulenta para o pensamento, tudo ao mesmo tempo – uma experiência agridoce. Mas acima de tudo, espero que os possíveis leitores encontrem um significado próprio para com o que escrevi com esse romance.

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