ENTREVISTA:
 

Conexão Literatura: Poderia
contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
 

Natanael de Averne: O meu início no meio literário foi
lá atrás, em 1987, quando, por meio de uma publicação chamada Momento
Literário, da Editora SHOGUN, que pertencia à esposa do escritor Paulo Coelho,
a artista plástica Christina Oiticica, em que fui selecionado e tive publicado
um texto, de minha autoria, composto de alguns outros trechos menores e que
compunham uma pequena obra de teor poético-filosófico.
 

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Novum
Renaissance sed aeterna poetica”. Poderia comentar?
 

Natanael de Averne: Este livro, assim como os meus
outros livros já publicados, é como uma espécie de diário de uma vida toda que se prolonga e expande ao longo e pela
maior parte da minha vida – e que, diria, sem parar jamais, desde os quatorze
anos de idade. Sou médium de inspiração e, conforme já confirmado em várias
ocasiões e oportunidades, sou acompanhado pelo Espírito de um escritor já
falecido, mas que, comigo, compartilhamos sólida, porém conturbada amizade em
encarnação anterior. Sinto, ao passar do tempo, consolidar-se cada vez mais o
teor poético-espitritual do conteúdo que é manifestado naquilo que escrevo, ou
que descrevo. E, decerto que reconheço a minha necessidade de aprimoramento
moral, mental e espiritual para que se dê o correlato desenvolvimento
intelectual literário pela adesão das forças do bem disseminados pela
totalidade do que é.
 

Conexão Literatura: Como
foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
 

Natanael de Averne: Nos últimos anos, escrevo quase
que diariamente, e geralmente às noites, quando me isolo do mundo lá de fora e
amplio os mundos daqui de dentro, pois, embora tudo seja Uno e componha o Todo,
e tudo esteja em tudo, as matérias agem conforme os estatutos pré-socráticos de
atração e repulsão, ou de sintonia das vibrações que penetram vãos e desvãos
dessa totalidade plena que se ampara em sintonias de empatias e simpatias.
 

Conexão Literatura: Poderia
destacar um trecho que você acha especial em seu livro? 
 

Natanael de Averne: 

Se noventa e dois
elementos constroem um universo inteiro,

O alfabeto, todo,
também poderá fazê-lo.

 

Macro e microcosmos
relacionam-se em caminhos infinitos,

Constituindo um
cenário imparcial onde se trava uma luta em meio à evolução.

 

E, como a beleza está
diretamente relacionada à síntese,

Digo que a facilidade
com que se perdoa é proporcional ao cansaço com que se vive.

 

Ah! Palavras aos
ventos!

Jogo de dados
atirados aos altos

 

Que despenquem!

Também os anjos
decaíram

 

Porém! Aos altos, em
retornos, sempre!

Ah! Vida! Querida
Poesia!

 

Por que tanto me dás?

Por que tanto me
tiras? 

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura
no país?
 

Natanael de Averne: Acredito que a leitura seja necessidade básica para o
início – sem qualquer possibilidade de um fim – das maravilhosas (re)descobertas
que nos motivam, enlevam e elevam, sempre. É da Lei, o renascer, o mais e
melhor compreender e, pois, o sempre crescer – e evoluir. Do pó seremos
Arcanjos. E o espanto do ressurgir, em meio ao Todo infindo, é palpável pela
intuição – e, aí, o Thaumazéin! – que confere, em especial espanto, essa
curiosidade divina que inevitavelmente nos conduz – e que, mesmo se estacionarmos
em nós mesmos, por séculos, que seremos enfim empurrados na direção sempre do
Maior. E a vida é simples assim.
 

Conexão Literatura: Como o
leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco
mais sobre você e o seu trabalho literário?
 

Natanael de Averne: Bem, tal
seria ótimo e de meu imenso prazer! E poderá contatar o site da Editora Viseu,
para a aquisição do livro.
 

Conexão Literatura: Existem
novos projetos em pauta?
 

Natanael de Averne: Sempre.
Já estou no meio de um novo livro e, como sempre, estou considerando este último como o mais belo de todos!
 

Perguntas rápidas: 

Um livro:  O Livro dos Espíritos, de Allan kardec       

Um (a) autor (a):  Miramez (Espírito)

Um ator ou atriz: Henry Fonda

Um filme: O Labirinto do
Fauno

Um dia especial: Todos os
dias o são
 

Conexão Literatura: Deseja
encerrar com mais algum comentário?
 

Natanael de Averne: Sim. Há, neste mundo, e mais ainda
atualmente, uma infeliz desvalorização da Espiritualidade e dos bons Princípios
que resguardam o que realmente importa em essas nossas vidas tão efêmeras na
temporalidade da matéria e que, mesmo nos bons valores que se baseiam
unicamente em um bom modo de se viver esta vida, aos comedidos modos
epicuristas ou, mesmo, em modos estoicistas, ainda não se dá conta da
necessidade da revivescência da Espiritualidade em toda a extensão e alcance de
seus desdobramentos efetivos. Todas as gerações se repetem há milênios nas
mesmas emoções, ações e desapontamentos. Tudo apenas se repete e nós mesmos apenas
nos repetimos, ao longo de gerações das mesmas individualidades, conquanto em
personalidades diversas em épocas distintas. Por isso a vera atualidade da
inscrição do templo de Delfos: gnothi
seauton!
(Conhece-te a ti mesmo!)

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *