Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Monica Heinen: A ideia de escrever um livro surgiu enquanto assistia uma novela e fiquei decepcionada com a falta de criatividade dos autores em trazer algo novo para os telespectadores, preferindo repetir histórias antigas. Foi então que comentei com minha irmã dizendo que, com certeza, eu poderia escrever um história e ser bem mais criativa do que muita gente por aí. Só a história de minha vida já daria um bom livro, com uma boa dose de dramas!
O que começou como uma brincadeira, acabou despertando em mim algo que pensei ter perdido há anos, pois sempre gostei de escrever e assim nasceu uma história, biográfica, um pouco descontraída que, depois de uma reviravolta, dividiu-se em “o que foi de verdade” e “o que eu gostaria que fosse”, sem dar ao leitor a impressão de que de tudo se resumiu apenas em momentos ruins.
Conexão Literatura: Você é autora do livro “Onde as raízes estão”. Poderia comentar?
Monica Heinen: É uma biografia com um toque de ficção e investigação policial. O livro conta a trajetória de 3 irmãos que têm, inicialmente, uma vida bastante comum e que vivem em uma família tradicional nos anos de 1960 e 70 em São Paulo. Como era típico da época, a mãe era responsável pela educação dos filhos, enquanto o pai trabalhava para sustentar a família e mantinha-se, de uma certa forma, afastado do convívio familiar.
Eles ainda eram muito pequenos quando a mãe veio a falecer e o caçula, Joca, era ainda um bebê. Não vendo outra opção, o pai pediu que sua mãe viesse para São Paulo ajudar na criação das crianças e, com todo o carinho da avó, eles foram felizes por alguns anos. Até que um dia, o pai resolve se casar novamente e com a chegada da madrasta, uma mulher cruel e fria, os irmãos foram separados da avó repentinamente, o que foi bastante doloroso. Durante anos, ele sofreram várias agressões, tanto físicas como psicológicas, nas mãos desta madrasta, o que resultou em traumas que eles carregaram na vida adulta. Por fim, esta madrasta conseguiu que eles se separassem e por causa de toda a situação, cada um dos irmãos, seguiram em destinos diferentes e sofrendo de forma diferente com as condições que a vida oferecia naquela época. Cora, a mais corajosa dos 3, foi viver com a avó e passaram juntas por muitas dificuldades. Joca, acabou fugindo de casa enfrentando a vida dura nas ruas de São Paulo e Mariana, permaneceu sobre o domínio da Madrasta por muitos anos.
A história gira em torno de Mariana, contando a trajetória de vida dela, desde os sofrimentos vividos quando criança e adolescente e o convício com a madrasta, até conseguir se livrar das garras dela e tentar levar uma vida normal.
Os irmãos se reencontraram mais ou menos 20 anos depois, quando já eram adultos e cada um deles já tinham encontrado sua própria forma de lidar com os acontecimentos do passado.
A madrasta não era somente uma pessoa cruel, como também estava envolvida em um grande crime organizado e foi exatamente isso que trouxe a chance de, não se vingar, mas sim, buscar a justiça depois de todo o mal que sofreram nas mãos dela.
Essa história, apesar de ser triste por ter acontecimentos ruins, são fatos e acontecem até mesmo hoje em dia em muitos lares e de forma oculta.
A história envolvente e fácil de ler, pois foi abordada de forma leve procurando um certo alívio cômico em alguns personagens.
O livro é relativamente curto, com bastante emoção e ação, mas também com momentos divertidos, sem exageros, se tornando assim, uma história equilibrada, com temas sérios tratados de forma irreverente e descontraída.
Conexão Literatura: Como é o seu processo de criação? Quais são as suas inspirações?
Monica Heinen: Minhas inspirações busquei na história de minha própria vida, lugares onde vivi e visitei. Claro, adicionei uma boa quantidade de fantasia, mas também, fatos que acontecem no Brasil e no mundo.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?
Monica Heinen: “Como era típico no anos 60 e 70, as crianças brincavam na rua e se divertiam com coisas simples e brinquedos feitos por elas mesmas. Brincavam de esconder, de bolinhas de gude, de pular corda, empinavam pipas feitas com folhas de jornais, brincavam de amarelinha e muito mais. Improvisavam uma brincadeira qualquer e o mundo parecia ser, naquele momento, muito melhor!”
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Monica Heinen:
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E no Instagram: @moni_heinen
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Conexão Literatura: Quais dicas daria para os autores em início de carreira?
Monica Heinen: As única dicas que posso dar são:
. Procure escrever sobre coisas que você conhece, assim, a inspiração vem por si mesma.
. Depois de escrever, leia e releia, quantas vezes forem necessárias até ficar satisfeita com o que criou.
. Sempre procure um revisor profissional para fazer ajustes e correções que as vezes o escritor não percebe e deixa passar.
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Monica Heinen: No começo do mês de marco de 2024 será lançado o ebook em alemão na Amazon, mas meu projeto oficial é um segundo livro que está em fase de processo. Só posso adiantar que pretendo abordar temas muito interessantes, mas não tenho ainda previsão de quando estará pronto. Fiquem de olho!
Perguntas rápidas:
Um livro:) muitos, inclusive o meu, claro!
Um ator ou atriz: a elegantíssima Julie Andrews
Um filme: De volta para o futuro – todos os 3
Um hobby: eu vivo os meus hobbys que são Escrever, Pintar e Desenhar
Um dia especial: o dia do nascimento de meu filho
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Monica Heinen: Foi difícil escrever esse livro, pois as emoções, as vezes vinham à tona e por várias vezes precisei de uma pausa. Mas acredito que foi bom, não só para mim, pois em cada um de nós existe a possibilidade de, entre uma linha e outra, se identificar com algum dos personagens dessa história.
Escrever esse livro, meu primogênito, foi uma experiência única e de certa forma, um tipo de terapia que posso recomendar. 😊
Paulista, escritor e ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Editor da Revista Conexão Literatura (https://www.revistaconexaoliteratura.com.br) e colunista da Revista Projeto AutoEstima (http://www.revistaprojetoautoestima.com.br). Fã de Edgar Allan Poe. Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out – Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado De Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo” e outros. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary – Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com