Fale-nos sobre você.
Sou autor de suspense policial, editor na The Four editora, pesquisador na Editora Abril e idealizador do Prêmio Ecos da Literatura. Formado em letras, cursei roteiro e estou fazendo minha segunda graduação em Designer gráfico. Um apaixonado por leitura, cinema e teatro.
Tenho quatro livros solos publicados e duas antologias organizadas em parceria com a autora Patrícia D’Oliveira.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros. O que motivou a escrevê-los?
Desde muito cedo eu descobri o prazer da leitura, e muitas vezes inquieto com o final de algumas histórias eu comecei a reescrevê-las, do jeito que eu gostaria que tivessem acabado, até que em algum momento eu comecei a criar as minhas próprias histórias. Isso nos meus treze ou quatorze anos, embora só com trinta e nove anos eu tivesse a coragem necessária para tirar uma história da gaveta e publicá-la. “Teu Pecado” foi a minha estreia como autor e no gênero suspense policial. Foi tão bem aceito pelos leitores, que acabou me projetando nessa carreira, e hoje, quatro anos depois ainda se fala dessa história. Esse livro me rendeu 7 prêmios literários e é o mais vendido dos meus quatro livros solos publicados. Depois veio “Quem sou eu?”, um thriller psicológico, considerado melhor suspense de 2020 pelo prêmio Brasil entre palavras, “Faces do medo”, uma coletânea de contos de terror, e o “Na teia da aranha,” um terror psicológico.
Como analisa a questão da leitura no país?
Eu acredito que, ainda que a passos lentos, a literatura está caminhando, resistindo eu diria. Sei que a falta de incentivo ainda é grande, mas para quem saiu de uma
Bienal como essa nossa de São Paulo e presenciou aquela multidão de jovens reunidos em um único espaço, com um único propósito, comprar livros, sabe do que eu estou falando.
O que tem lido atualmente?
Eu nunca consigo ler um livro só, tem que ser sempre dois ou três ao mesmo tempo. No momento estou lendo dois autores nacionais, Juliete Vasconcelos com a trilogia “Colecionador de fetos” e J. L. Amaral com “Ilhas Flutuantes.”
Poderia fornecer algumas dicas para um escritor iniciante?
Eu sempre falo aquilo o que eu não ouvi de ninguém quando eu comecei, e que certamente teria me ajudado muito: Ler tudo o que puder, buscar conhecimento, aprimoramento, filtrar as críticas, nem todas são construtivas, muitas delas virão apenas para tentar fazer com desista e por último, persista, insista e resista. Escrever é um dom. E dons não podem ser reprimidos.
Outra pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.
Vou substituir a pergunta por um apelo: Apoie um autor nacional. A literatura brasileira tem mostrado que não perde em nada para os grandes nomes lá de fora.
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).