Fale-nos sobre você.
Meu nome é Júlia Veloso, eu tenho 19 anos e sou uma contadora de histórias desde que me entendo por gente. Comecei minha “carreira” com pouco mais de 5 anos, quando “escrevi” meu primeiro livro, um quadrinho narrado por mim, já que na época eu não sabia escrever e precisava de um escrivão para colocar as palavras no papel por mim. Desde então minha bisa passaria a dizer para quem quisesse ouvir que “teria uma bisneta escritora” e eu levei isso muito a sério.
Com 15 anos, no auge da pandemia, presa em casa sem nada para fazer, eu decidi acabar com o meu hiato (iniciado antes mesmo de alguma carreira começar) e despejei no papel várias ideias que misturariam minhas vivências com um universo fantástico próprio. Foi ali que nasceu a ideia de escrever “Memórias de um rei caído”, que agora, quatro anos depois de muita reescrita e revisão, está em pré-venda pela editora O Artífice.
Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?
Desde pequena eu gosto muito de ouvir e criar histórias e isso criou em mim uma relação de afeto verdadeiro com os livros (ou com as histórias dentro dos livros). Por muitas vezes eu percebi que, nos momentos difíceis, eram aquelas pausas em mundos fantásticos que me permitiam continuar.
A motivação para escrever “Memórias de um rei caído” vem do desejo de proporcionar essa sensação para outras pessoas. Queria, e ainda quero, que as pessoas se identifiquem com a minha protagonista e encontrem no reino de Édafos um refúgio para elas, seja lá qual seja a situação que estejam passando.
Como se deu o processo de escrita do livro?
Apesar de muito divertido e satisfatório, também foi um processo muito demorado e até mesmo trabalhoso. Eu já gostava de escrever e criar histórias, mas essa foi a primeira vez que eu preparei uma história tão grande. Primeiro, surgiu a ideia, e sendo sincera até que essa parte foi fácil, o difícil é o que vem depois disso. Reorganizei o roteiro do livro algumas vezes, recomecei a escrita, testei a voz narrativa, cortei personagem e errei muito até conseguir fazer algo que de fato me agradasse e eu pudesse encontrar um estilo e ritmo narrativo que me pertencessem.
O que tem lido ultimamente?
Comecei a faculdade de Psicologia recentemente. Então, vou dizer que estou aproveitando a energia que vem quando nos tornamos calouros para absorver o máximo sobre meu curso possível. O último livro que li foi Cartas para um jovem terapeuta, de Contardo Calligaris, mas já estou com saudade dos meus livros de fantasia.
Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.
Gosto de falar sobre a importância da literatura na minha vida. Sempre fui muito incentivada a ler, ouvir histórias e desenvolver a minha imaginação e sou muito grata a isso. Além dos benefícios que já estamos cansados de saber (desenvolvimento de vocabulário, senso crítico, raciocínio, concentração, memória, escrita…) a literatura me proporcionou o auxílio do qual eu precisava em momentos que eu não achava que iria conseguir superar, especialmente no meu período de pré-adolescência no qual eu tive muita dificuldade em manter amizades.
Os livros abriram, e ainda abrem, muitas portas em minha vida e a sensação de poder trazer esse conforto, do qual tantas vezes precisei, para outras pessoas vai ser algo pelo qual eu sempre serei grata.
Link para o livro:
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024).
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Paulista, escritor e ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Editor da Revista Conexão Literatura (https://www.revistaconexaoliteratura.com.br) e colunista da Revista Projeto AutoEstima (http://www.revistaprojetoautoestima.com.br). Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out – Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado de Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo”, “Contos e Poemas Assombrosos” e outras. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary – Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com