Evandro Augusto – Foto divulgação

Fale-nos sobre você.

Sou Evandro Augusto, profissional da área de informática há mais de 20 anos. Recentemente, expandi minha atuação para a produção de conteúdo em mídias sociais, onde narro trechos de obras literárias. Minha paixão por filmes de terror e temas religiosos, combinada com uma imaginação fértil, me levou naturalmente à escrita. Foi através da leitura de grandes autores que desenvolvi o desejo de criar minhas próprias narrativas, reinterpretando os temas que me fascinavam.

Fale-nos sobre seus livros. O que motiva a escrevê-los?

Até o momento, publiquei quatro obras que mesclam elementos sobrenaturais com questionamentos espirituais:

O Sangue e o Cordeiro
Foi minha primeira obra, publicada pela Editora Cabana Vermelha. Desenvolvi minha própria versão das histórias de vampiros, lobisomens e bruxas, ambientando-as em uma cidade fictícia de Santa Catarina. Em uma época dominada por narrativas que explicavam o sobrenatural através de mutações genéticas, optei pela abordagem clássica da maldição, explorando elementos místicos como cruzes, poderes sobrenaturais e a influência da lua cheia. A narrativa entrelaça esses elementos com temas fundamentais do cristianismo: salvação, céu, inferno e redenção divina.

A Cabana dos Namorados Malditos
Surgiu como uma lenda urbana original, inspirada pelo arquétipo do lenhador, um personagem símbolo da editora. A história acompanha um grupo de assaltantes de banco que se refugia em uma cabana na floresta, onde precisam enfrentar uma presença maligna que se anuncia com a sinistra frase: ‘papai chegou’.

Até os Demônios Podem Chorar
Combina uma crítica à corrupção política com elementos sobrenaturais, explorando os limites do amor de um homem que busca reencontrar sua esposa falecida, mesmo que isso signifique um pacto com forças demoníacas.

Invasão do Jardim do Éden

Minha obra mais recente, nasceu durante a batalha do meu pai contra o câncer. A história se passa nos primórdios da humanidade, quando Eva enfrenta a morte – um acontecimento inédito em uma época em que as pessoas viviam centenas de anos. Através da jornada de Noa, neta de Eva, que busca o fruto da árvore da vida para salvar sua avó, exploro temas como mortalidade, aceitação e os limites entre determinação divina e livre-arbítrio.

Quais são as suas perspectivas sobre o cenário literário?

O cenário atual é bastante promissor, impulsionado pela democratização proporcionada pelas redes sociais e plataformas como a Amazon, que permitem publicações independentes e gratuitas. Vivemos em uma era de comunicação descentralizada, onde escritores podem construir sua audiência através de diferentes canais – YouTube, TikTok, Facebook -, criando múltiplas oportunidades para divulgação e reconhecimento.

Como analisa a literatura de terror/horror publicada por brasileiros?

A literatura de horror conta com inúmeros livros de alta qualidade. Com o uso do Amazon Kindle, muitos autores talentosos conseguem alcançar um público mais amplo. No entanto, a divulgação e o reconhecimento contínuo ainda representam um desafio significativo para esses escritores.

Como analisa a questão da leitura no país?

Embora o Brasil ainda não seja um país de leitores assíduos, observamos uma evolução gradual, especialmente com a digitalização que nos obriga a ler mais frequentemente. O principal desafio está na distribuição desproporcional de recursos educacionais do Estado, com maior concentração no ensino superior em detrimento do fundamental. Um investimento mais significativo na educação básica poderia transformar nossa realidade cultural e social, formando mais leitores e, consequentemente, reduzindo problemas estruturais como violência e crime organizado. O ideal seria a implementação de um ensino integral de qualidade, mas isso ainda não é uma prioridade governamental nem uma exigência forte da população.

Conte-nos sobre seu projeto de divulgação de novos escritores.

Mantenho um projeto nos meus canais onde narro trechos de obras de autores iniciantes, oferecendo divulgação gratuita para suas histórias. Embora a adesão ainda seja modesta, acredito no potencial dessa iniciativa para dar visibilidade a novos talentos da literatura nacional. Continuo buscando mais escritores interessados em participar dessa colaboração.

SAIBA COMO DIVULGAR O SEU LIVRO, EVENTO OU LANÇAMENTO AQUI NA REVISTA CONEXÃO LITERATURA: CLIQUE AQUI

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