Fale-nos sobre você.
Clarice é a personificação artística, a IA (inteligência artística) de Marcelo Aguiar. Clarice que trafegou por vários estilos de arte, desde a pintura, cerâmica, arquitetura e outras, agora realiza uma viagem pelo mundo literário. Clarice nasceu em 16/02/85 nesta Ilha de Santa Catarina, e é a expressão máxima do meu amor pela minha companheira.
O homem por trás de quem faz a arte, Marcelo Aguiar, também ilhéu, nasceu em 10 de agosto de 1962, aposentado do serviço público federal e começou a se interessar por leitura na solidão introspectiva de seu quarto com clássicos da literatura nacional e internacional. A partir daí, agregou leituras de filosofia, história e sociologia, do interior da Caverna ao Mundo de Sofia. Sua primeira experiência de escrita literária foi o resumo para crianças de “O Senhor dos Anéis” e a peça para teatro, baseada na obra popular do boi de mamão, “O Boi Bebeu da Lagoa do Peri”, ambos nunca publicados, mas que deixaram registrada a vontade de escrever. Hoje faço parte da diretoria do Boteco Editorial e tenho textos publicados nas antologias do grupo.
E por que escrever? Para perpetuar as mais doces mentiras…
Fale-nos sobre seus livros. O que motiva a escrevê-los?
Sempre achei que as histórias poderiam ser contadas de outra maneira. E é isso que me leva a escrever, um outro ponto de vista.
Meus livros e contos não são só no gênero terror. Minha primeira publicação é uma distopia que envolve os personagens folclóricos do Brasil, escrito em 2018. Após, publiquei uma pequena antologia de “suspense perturbador” e tenho alguns contos, formato e-book, com um misto de terror e ficção científica. Tenho uma crônica de contos, Sobras, com viés social. Meus textos refletem uma profunda indignação com a sociedade, trazem a poesia destemperada e crua da realidade. Todos publicados na Amazon em formato e-book e Projeto Saci e Sonhos, Medos e mentiras também no formato físico pela UICLAP.
Como analisa a literatura de terror/horror publicada por brasileiros?
O pouco que vejo, ou leio, dos autores nacionais são histórias com forte inspiração nos clássicos, tanto nacionais como internacionais. Vejo também uma linha de escrita tentando mostrar que o horror não precisa ser sobrenatural ou fantástico, pode ser realista e psicológico, pois percebeu-se que o terror/horror pode ser o cotidiano. Existe também um forte movimento em desconstruir os mitos tradicionais, uma releitura do nosso habitat cultural envolvendo lendas indígenas e negras.
Como analisa a questão da leitura no país?
Acompanho algumas estatísticas e elas nos revelam um quadro desolador no quesito leitura. Não existe um estímulo cognitivo à leitura, mas sim uma imposição. A leitura deveria começar em casa, mas ela tem seu início na escola e de uma forma agressiva e maçante. Mesmo hoje, com as diversas referências de canais e perfis literários, graças à expansiva rede midiática, o que vemos não são leitores, não são pessoas que saboreiam as palavras, as expressões e impressões literárias, mas sim o engajamento e a disputa por likes.
Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.
Editoras profissionais e o espaço de novos escritores. Isso é antagônico. Sim, temos autores, temos bons exemplos disso, alguns conseguem emergir do mar sufocante do anonimato, mas, infelizmente, a maioria não tem acesso ao mercado e, consequentemente, ao leitor. As editoras são mercadológicas, ou seja, o interesse é a venda e não a leitura. Mesmo os concursos literários com seus editais que abrangem tudo para quem escreve apenas para concursos e tem apoio de editoras.
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre
outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita:
atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora
Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora
Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da
escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e
Mariano (Opera Editorial, 2024). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas
áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou,
com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista
Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do
encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais
novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna,
2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra
Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024).
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Paulista, escritor e ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Editor da Revista Conexão Literatura (https://www.revistaconexaoliteratura.com.br) e colunista da Revista Projeto AutoEstima (http://www.revistaprojetoautoestima.com.br). Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out – Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado de Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo”, “Contos e Poemas Assombrosos” e outras. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary – Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com