Caroline Barboza – Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Sou de Niterói, 23 anos, taurina, futura enfermeira e amante de livros a ponto de ter um guarda-roupa abarrotado, que já está pedindo arrego de tanto peso. Ainda novinha comecei a me aventurar a escrever, desde pequenas histórias até contos, mas só deixava salvo no meu computador ou postava na internet. Durante a pandemia decidi aproveitar o tempo livre sem as aulas da faculdade para finalmente finalizar meu primeiro livro e realizar o sonho de publicar.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?
As personagens Julia e Julieta surgiram de uma coletânea de contos que eu escrevi sobre os sete pecados para publicar na internet e elas foram criadas para o conto sobre o pecado da luxúria. Mas eu gostei tanto dessas personagens que achei que elas mereciam não só um conto, mas um livro inteiro só delas, pois vi que havia um potencial para explorar as duas sob a ótica de um transtorno psiquiátrico. Decidi o rumo que seguiria com o livro, pensando no meu amor por histórias com investigação criminal, que nos fazem tentar adivinhar todos os mistérios, um suspense que nos deixa apreensivos e ansiosos para saber o que vem depois, com uma pitada de romance para nos fazer sonhar e acreditar no amor. E foi o que fiz. Juntei tudo isso e assim surgiu o livro Juli(et)a. Ele aborda vários crimes, tem suspense, tem romance, e tem a história se passando por Niterói, pelo Rio de Janeiro, por São Paulo… Decidi que o cenário do livro seria nosso próprio país, pois achei que merecemos um destaque, então espero que os leitores se identifiquem.
Como analisa a questão da leitura no país?
Na minha opinião, é algo que deveria ser mais investido e incentivado. Os livros são oportunidades únicas de viajar sem sair do lugar, vivenciar inúmeras vidas e aumentar a criatividade, o domínio sobre a língua e o vocabulário. Acredito que se a leitura fosse incentivada desde cedo nas escolas por meio de feiras de livro, passeios para a bienal, troca de livros entre os alunos, teríamos muito mais leitores no país, pois os livros são universais, diversos, tem para todo gosto e é um hábito que quando desenvolvido, costuma perdurar e só traz benefícios. Mas a realidade que temos são aulas obrigatórias de literatura na escola, em que os estudantes têm que ler histórias muito densas para a idade deles somente para ganhar uma boa nota na prova ou no trabalho e assim, infelizmente, os livros acabam ganhando a fama de serem chatos.
O que tem lido ultimamente?
Gosto de livros que me prendem a ponto de ficar viciada e ler em um, dois dias para saber como termina, então leio de tudo, basta a história ser interessante. Mas atualmente os estilos que mais têm chamado minha atenção são os de romance e investigação criminal. Amo os livros do Charlie Donlea e até me inspirei nele, pois seus livros sempre começam com um crime e há um retorno para o passado para que a gente vá entendendo o que aconteceu até que chegasse àquela cena e assim por fim descobrir o culpado. Tentei seguir esse estilo com o meu livro e espero que os leitores também façam igual a mim, de ficar atento às menores pistas para tentar desvendar o mistério antes mesmo dos últimos capítulos.
Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.
Quero somente agradecer essa oportunidade. Publicar um livro sempre foi um sonho e estar finalmente realizando isso e poder falar sobre é uma experiência incrível. Espero que as pessoas se interessem por Juli(et)a e gostem da história!
Link para o livro:
http://www.selojovem.com.br/pd-91f4f6-julieta.html?ct=449b2&p=1&s=1
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).