Fale-nos sobre você.
Sempre fui apaixonada por livros e foi na infância, aos dez anos, que me encantei pela escrita, através de uma atividade escolar. Desde então, passei a escrever fantasia e poesia.
Com 17 anos tive minha primeira poesia publicada em uma antologia pela Câmera Brasileira de Jovens Escritores, o que me motivou muito a continuar.
Mais tarde, vindo a trabalhar como designer, encontrei no mundo das imagens uma outra forma de contar histórias e comecei a produzir literatura infantil. Assim, surgiu meu primeiro livro “Corda, Cordão e Muita Imaginação!”, que foi escrito e ilustrado por mim. A partir daí publiquei mais sete livros infantis (“Melina e as Borboletas Mágicas”, “Berenice, a Cacatua”, “Bééé Daqui… Bééé Dali!”, “Melina e as Borboletas Noturnas”, “Quibungo”, “Corpo Seco” e “A Velha Pisadeira”).
Além da minha participação da antologia poética aos 17 anos, também integrei outras antologias, dentre elas, “Além da Terra, Além do Céu – Vol II”, pela Chiado Editora, em 2017, considerada a maior antologia de língua portuguesa já publicada.
Em 2018 fundei a editora Panóplia (www.editorapanoplia.com.br), onde publico meus livros e de outros autores de literatura infantil.
Atualmente, tenho meu site e blog pessoal, onde se encontram todos os meus livros e onde escrevo artigos relacionados com a literatura (www.andreiamarques.com.br).
Neste ano de 2022, recebi o convite para ser Membro Correspondente da AIAB (Academia Inclusiva de Autores Brasilienses) e, recentemente, Membro da AILB (Academia Internacional de Literatura Brasileira).
ENTREVISTA:
Você fundou a editora Panóplia. Fale-nos sobre seu trabalho.
Fundei a editora Panóplia em 2018, para a publicação dos meus próprios livros. Em 2019 observei a necessidade de se criar mais oportunidades para novos autores de literatura infantil no mercado editorial, pois a maioria das editoras não trabalha com a publicação de livros infantis, por ser um processo mais lento e muito mais caro. Dessa forma, decidi publicar outros autores e optei pela estrutura de publicação sob demanda (o autor escolhe a tiragem inicial de acordo com suas necessidades) e desenvolvi um processo personalizado de projeto gráfico, em que ajustamos o número de ilustrações à história e, principalmente, às possibilidades do autor. Hoje, contamos com profissionais para revisão, diagramação e uma rede de lojas online para venda dos exemplares físicos em todo o Brasil.
Quantos originais recebe por mês? Como é a forma de avaliação? Quantos são publicados? Quem quiser publicar por sua editora quais são os procedimentos?
Recebemos em torno de 20 originais por mês, de todos os gêneros. No entanto, publicamos somente literatura infantil e esse é o filtro inicial para avaliação dos originais.
Para publicar na editora, é preciso enviar o original em formato PDF ou Docx para o e-mail contato@editorapanoplia.com.br. Avaliamos a história e, se estiver de acordo com nossa linha editorial, retornamos com as propostas de ilustração e publicação.
Você também é autora de livros infantis. Fale-nos um pouco sobre seu processo de criação.
Bom, a inspiração é imprevisível! Ideias podem surgir de uma conversa, de uma imagem em uma revista, enfim, de infinitas formas. Tento me manter criativa através da escrita diária e da leitura de livros de outros autores. E as ideias aparecem com muita frequência. Tenho um caderno onde anoto todas as melhores ideias para transformar em livros, posteriormente.
Como analisa a questão da leitura no país?
Apesar de não sermos um país de leitores, uma pesquisa recente, realizada pela Nielsen BookScan e divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), mostrou que jovens entre 18 a 29 anos passaram a ler mais. Isso é extremamente animador. Esses novos leitores muito provavelmente continuarão com hábito da leitura por toda a vida e ainda poderão estimular novos leitores.
O que tem lido ultimamente?
Eu leio quase todo o tipo de gênero. Fantasia, biografias, distopias, acadêmicos, infantis, romances… Ultimamente, tenho lido mais livros voltados ao storytelling, como o “Histórias Poderosas”, de Valerie Khoo (editora Fundamento).
Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.
Seria a pergunta “Quais os escritores que mais inspiraram a sua inscrita?”. Eu responderia: Monteiro Lobato, com o “Sítio do Picapau Amarelo” e Maurice Druon, com “O Menino do Dedo Verde”. Essas obras povoaram minha infância e influeciam minha escrita até hoje.
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021) e O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021). Organizadora dos livros Uma noite no castelo (Editora Selo Jovem, 2019), Contos para um mundo melhor (Editora Xeque-Matte, 2019), Aquela casa (Editora Verlidelas, 2020), Um fantasma ronda o campus (Editora Verlidelas, 2020), O medo que nos envolve (Editora Verlidelas, 2021) e Queimem as bruxas: contos sobre intolerância (Editora Verlidelas, 2021). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e seu mais novo livro juvenil se denomina O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021).