Marcelo Gomes Jorge Feres nasceu em 6/7/1957, na cidade de Niterói (RJ). Graduado em Administração pela EBAP, Rio de Janeiro, em 1979; graduado e pós-graduado em Direito pela UNESA, Rio de Janeiro, em 2005; licenciado em História na UNICESUMAR, Maringá (PR), em 2019; estudante de Filosofia; publicou 25 livros de conteúdo poético-filosófico e, desde 1987, participa de várias antologias.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Antenor de Bayreuth: Desde adolescente escrevo. Foi tudo, e continua sendo, como se uma necessidade inabalável de cumprir um destino. Às vezes, sentimos impulsos determinados que fazem de nossos arbítrios meros coadjuvantes. O que vaza e extravasa por dedos é parte de enredos e, atores e poetas, todos somos postos em palcos de desempenhos. O mundo também é o cenário para admiradores de estrelas.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Dioniso em espelhos”. Poderia comentar?

Antenor de Bayreuth: O fio condutor de minha vida é esse estar-se de prontidão para surpreender as belezas do “tudo em tudo”. Fim do dia, recosto-me e deixo as músicas preencherem o todo. Aí registro poesias. São rituais de diários que escrevo em forma de aforismos, arrazoados e poemas.

Conexão Literatura: Como é o seu processo de criação? Quais são as suas inspirações?

Antenor de Bayreuth: Inspiro-me com e no Ser. Ponto e Todo mirando-se reciprocamente em espelhos infindos. O tudo e o nada de mãos dadas patenteiam o Ser que une os opostos, que busca seus sentidos, que sai afora quando deveria tudo buscar adentro.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Antenor de Bayreuth: 

“Dioniso em Espelhos”, como se um possível mero reflexo do Absoluto de Hegel, que, Sozinho, Infinitizou-se todo adentro, e recriando – aí, sim – imaginários universos infindos em um lá fora inexistente, pois que tudo está adentro, e reelaborando as filosofias monistas que, sob várias denominações, e em vestes de religiões, ciências e doutrinas, deságuam nas vertentes da Poesia – a única capaz de tal reelaboração dos múltiplos infindos em cada só e todo despedaçado pedacinho. E, assim, quando o tudo em tudo, os ventos de poemas que, soprando os grãos de areias de letras, formatando palavras inteiras, em fatas morganas de paraísos a deriva, apontam para nós mesmos em espelhos, viandantes dos mundos aos avessos, vendo-nos, então, em Espelhos de Dioniso e de Hegel, mas já como se um Apolo refeito e refletido, ao fim dos caminhos terrenos de despedaçamentos e de poeiras soltas, e também sozinhas, mas que então só agora, e só assim, livres, em imanentes e eternos ventos.

Conexão Literatura: Como analisa a questão da leitura no Brasil?

Antenor de Bayreuth:

Estamos em retrocesso. As tecnologias e inteligências artificiais retiram muitas das motivações de conquistas pessoais, e as precariedades objetivas da Matéria afastam das subjetividades enriquecedoras das magias, metafísicas e redescobertas do espírito.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Antenor de Bayreuth: estará à venda em breve nos sites associados à Editora Ipê das Letras. Querendo trocar impressões acerca de impressões derivadas dos meus escritos, é só me contactar pelo e-mail: marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Antenor de Bayreuth: Sim, já há alguns anos, escrevo e publico dois livros por ano. No momento, estou escrevendo o livro Pelos poros dos ventos.

Perguntas rápidas:

Um livro: O Livro dos Espíritos de Allan kardec

Um ator ou atriz: Nicole Kidman

Um filme: O Labirinto do Fauno

Um hobby: Ler e escrever

Um dia especial:todo dia o é

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Antenor de Bayreuth: O mundo está cansado. Roda e roda e gira há milênios, em busca dos seus sentidos. Não os encontra nas matérias putrefatas. Quando buscará o Espírito?

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