É indiscutível o tamanho e agilidade da transmissão de informações, seja através de noticiários, redes sociais e grupos de WhatsApp. O sensacionalismo quebrou barreiras e chegou nos aparelhos celulares. 

Qual o sentido em abrir um arquivo, seja foto, áudio ou vídeo pra simplesmente ver um ser humano agonizando seus últimos suspiros, nas mais diversas situações de desastres ou violência. 

O compartilhamento em massa perpetua aquela avidez descontrolada de chamar atenção de familiares, amigos e conhecidos para sentir os traços fúnebres da morte sendo evidenciados na lente de um celular. 

Qualquer pessoa está armada de um celular, até mesmo com dois aparelhos na bolsa/mochila. Com apenas um clique você pode filmar/fotografar e compartilhar quase que instantaneamente nas redes e grupos de amigos no “whats”. 

Possuímos um pouco do DNA de abutre, farejar algo mórbido, circular e presenciar o cheio de sangue espalhado pelo chão, presenciar o corpo da vítima se decompondo de forma lenta na câmera de algum dispositivo eletrônico. 

Vai chegar o dia, se isso já não aconteceu ou está acontecendo, da pessoa presenciar um acidente e ao invés de ligar para os bombeiros, sacar o celular e fazer imagens exclusivas das vítimas ainda “fresquinhas” para serem compartilhadas e admiradas na sede da morbidez gratuita.
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