Um dos itens favoritos da minha coleção é O
almanaque Conan número 3. A publicação reunia encontros do cimério com a ruiva
Sonja em uma das melhores fases do personagem.

A edição mostrava também a marotice da editora
Abril. A primeira história, “A maldição do morto-vivo”, trazia uma história
publicada em Conan The Barbarian 78. As duas histórias seguintes, “A torre de
sangue” e “Inferno na torre de sangue” traziam histórias publicadas em Conan
The Barbarian 43 e 44. Ou seja, a história seguinte era anterior, mas a Abril
publicou como se fosse continuação da primeira.

A edição também traz uma história do redi Kull
com roteiro de Gerry Conway e arte dos irmãos Marie e John Severin publicada em
Kull The Conqueror  4.

As duas histórias de Conan têm roteiro de Roy
Thomas e desenhos de John Buscema (que desenha Sonja como poucos).

O que chama atenção é a incrível capacidade do
bárbaro e da ruiva de se meterem em encrencas. Na primeira histórias eles
acabam se metendo no meio de uma história de vingança de um bruxo, na segunda
eles estão fugindo de caçadores de recompensas quando entram num vão escuro da
parede e acabam se tornando presas de dois irmãos magos vampiros. Afinal, se
você vê no meio de uma montanha uma fenda tenebrosa, por que não entrar?

Mas talvez o mais interessante seja comparar a
narrativa de Thomas em Conan e de Coway em Kull. Thomas escreve sua história
quase como um plano sequência, em que acompanhamos as aventuras de Conan
praticamente em tempo real. E tudo é focado no protagonista. Isso já não
acontece em Kull, que na maioria das vezes têm grandes cortes temporais e
muitas sequências focadas nos conspiradores do rei. Isso dava a Conan um ritmo
vibrante, de ação initerrupta e provavelmente era parte de sua receita de
sucesso nos quadrinhos.

E, claro, a edição tem a linda capa de Earl
Norem, um dos melhores capitas do cimério de todos os tempos.

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