Silvio Pereira da Silva – Foto divulgação

Sobre o autor.

É advogado, licenciado em história pela Uneb, bacharel em Direito pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas – RJ, desenhista técnico, pós-graduado em Ciências Criminais pela UFBA, radialista, poeta e escritor. Durante 10 anos, atuou como integrante da Diretoria da 10ª Subseção OAB/BA (Comissões de Direitos Humanos, Criminal e Prerrogativas), participou de congressos nas áreas do Direito, História e Engenharia, ex-servidor público, e vice-presidente da Casa do Poeta de Alagoinhas – Bahia. Curso extensão Brasil pensa Brasil – UFRJ.

Um jovem escritor que retrata a Bahia e a multiculturalidade.

Sílvio Pereira aproveitou a pandemia em sua cidade natal, Alagoinhas, no litoral norte/agreste baiano, para criar duas histórias dinâmicas e cheias de surpresas para o leitor, O cosmopolita e A menina que cantava para as flores, onde narra acontecimentos que retratam a boa terra já sob a influência da internet. Traz o mundo de sua infância, com algo da vivência com sua mulher e filhas e muito das suas experiências como advogado, licenciado em História, em várias cidades e em vários estados do país. Fala como vê o mundo a sua volta em transformação, mas que sempre preserva algo do passado, algo imutável que nos faz humanos. Conheça um pouco deste universo criativo.

Como você enxerga a influência de sua história de vida em sua obra? 

Tudo que marcou a minha vida, modéstia à parte, me levou a ser o escritor que sou hoje, fatos da minha infância, juventude e de minha vida adulta, familiar e profissional. Quando eu era criança, na cidade de Alagoinhas, na Bahia, os meus pais não tinham grande formação, meu pai era construtor e minha mãe era dona de casa. Mesmo assim, sempre nos cobraram dedicação aos estudos dos filhos. Entrei um pouco tarde na escola, era um tanto retraído e eu tinha irmão mais novo que era mais expansivo e eu tive que esperar ele entrar em idade escolar para irmos juntos para a escola. Fui ser alfabetizado aos 10 anos. Era uma infância boa, éramos cinco irmãos, mas tanto meu pai quanto minha mãe tiveram filhos de relacionamentos anteriores. Morávamos em chácara em Santa Terezinha. Brincava, corria, subia nos pés de árvores, ia para o rio tomar banho. Assistia a muito desenho animado, Scooby Doo, Zé Colmeia… Lia quadrinhos de Maurício de Souza, gostava de palavras cruzadas e eu apreciava muito de ler jornais. Como não tínhamos muita condição de comprá-los, procurava na rua e saía lendo-os. Encantei-me por literatura com José de Alencar, começando por Iracema depois vieram todos os outros como Machado de Assis, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e apreciava o escritor português, Fernando Pessoa. Escrevia poemas que colocava nos murais da escola, dedicados mais à parte social, mas havia espaço para o romantismo também. Fazia música, compus uma música para o time de cidade, o Atlético de Alagoinhas.

O estudo foi me levando, eu tinha uma ansiedade muito grande sobre meu futuro… porque, como adolescentes na década de 80, não tinha naquela época os centros acadêmicos, as faculdades que existem hoje. Ficava naquela expectativa querendo estudar, queria aprender alguma coisa, não existia escola técnica, não existia nada… tudo era para o rico, né? Eu comecei a trabalhar muito cedo. Entrei na empresa municipal de abastecimento de água como desenhista, fiz estágio e fui aproveitado no final da década de 80, fiquei lá mais de oito anos. Nesse meio-tempo, surgiu o curso de História na universidade estadual e eu ingressei na turma de 1993. Em 1995, tranquei o curso e fui estudar Direito no Rio de Janeiro, na faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas. Depois concluí a graduação em História.

Vivia nas bibliotecas e estudando, na Biblioteca Nacional, na Gama Filho, na Federal e na minha própria faculdade, um leque vasto de oportunidades para eu conhecer, ler… enfim. Tinha também a questão cultural, porque você aprende também com os colegas, com os professores, com as pessoas. Era uma outra cultura, mas o pessoal de lá é bastante acolhedor. Fiz concurso para a Defensoria Pública para estagiário e me saí bem, fui homenageado no final. E mesmo não sendo muito festeiro, participei de momentos muito marcantes, muitos shows, peças de teatro, mostra de cinema, exposições… foi uma vivência muito rica. Dei aula em uma instituição para crianças carentes, a Fundação São Martins. Cheguei a ser presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB de Alagoinhas.

Já advogado e com o curso de História, passei a escrever artigos para jornal A Tarde, o mais lido do estado, o que me deu mais poder de síntese e clareza, aspectos que trouxe para a escrita dos romances. O jornalismo é factual, a literatura permite maior liberdade, inclusive para tratar mais livremente de temas polêmicos. Participei de programas de rádio na 93 FM em Alagoinhas. Isto tudo me deu disciplina, às vezes eu escrevo muito e depois tenho que vir cortando.

Nesta época, me casei com a professora Raílda. E quando eu tive minhas filhas, gostava de contar e inventar histórias para elas. Por causa disto, minha mulher vivia me dizendo: – Por que você não escreve, não faz um romance? E ficou na minha mente isto de escrever um romance, de fazer um romance. Mas sempre com um certo receio… escrever não é muito fácil. 

E quando foi o momento de escrever seu primeiro romance, O cosmopolita? 

Comecei na pandemia em 2021. Eu falava comigo mesmo, até em voz alta, minhas filhas brincam comigo por isto. Eu queria escrever um romance que qualquer intelectual, no sentido amplo da pessoa que pensa e questiona a si e a realidade, pudesse compreender facilmente e que a pessoa percebesse que alguma coisa em sua vida mudou, algo se alterou em sua consciência em determinado ponto a partir da leitura. Queria juntar tudo que existe na face da Terra com exceção daquilo que não soubesse. Por isto no Cosmopolita tem muita coisa, você tem desde a jaca, fruto tropical aqui do Nordeste até coisas que você geralmente não imagina como a cultura do Oriente, do sul-coreano, como eles são educados. Lá na Coreia as crianças entram às nove da manhã e saem às dez da noite, ficam lá estudando. Eles preparam essas pessoas para transformar o mundo. 

Conte um pouco sobre a história de John no Cosmopolita. 

John é filho de uma adolescente de Alagoinhas, Maria Rita, fruto de uma relação com um jovem americano, que veio para o Brasil com um grupo de pesquisadores, diretamente para Alagoinhas e ninguém sabia o motivo da presença do grupo na cidade… pensavam até que eram espiões que iriam construir uma bomba na cidade. Na realidade, eram cientistas de Zurique, na Suíça, que vieram fazer uma análise para a implantação de uma empresa que vai trabalhar com as classes menos favorecidas, construir pontes, preservar a água, toda esta parte ambiental, chamada Empresa Internacional. A empresa se instala e anos depois, John é selecionado para um cargo em sua diretoria, sem saber que foi seu pai que fez a pesquisa para seu funcionamento na cidade.

Quando ele nasce, o pai já tinha retornado para os EUA. Sua mãe Maria Rita era filha de um correligionário de um grande político local, seu Mário Madeira. Quando ela engravida, seu pai morre e ela fica desamparada. Uma família rica a acolhe, o menino nasce já na casa desta família, cuja chefe é dona Costinha, fica como sua segunda mãe, mãe efetiva. Ele passa em primeiro lugar no concurso e assume o cargo de superintendente, então ele tem que fazer doutorado na Inglaterra. Quando ele volta, casa-se com filha de dona Costinha, a moça que o criou. Ele conduz a família e a empresa, uma pessoa muito querida na cidade, só que neste meio-tempo a esposa dele morre de parto. Ele é acometido por problemas psicológicos, então ele resolve ir para Cachoeira para melhorar o ânimo por recomendação da empresa. Nesse meio-tempo a empresa manda ele fazer exames no EUA e aí a surpresa, o médico que o atende é seu próprio pai. 

Em Cachoeira, ele se consulta com o pai de santo Xaxá Babalorixa, este revela-lhe um sonho em que ele casa com uma mulher rica que morreria e ela renasceria pobre e se tornaria abastada novamente. Passando-se um certo tempo, ele vê uma mulher que o atrai, ele a acha parecida com sua falecida esposa, na realidade é ela reencarnada. Descobre que ela trabalha no circo e passa atuar junto com ela, como palhaço. Passam a viver em união estável, pois ele, devido ao trauma sofrido, não quer mais casar e ter filhos. Então o romance se ampara em três eixos: a grande expressão de fé, de religiosidade; a questão do trem e de toda uma cultura que nasce com ele e a interculturalidade. Por isto procura retratar o linguajar da Bahia. O personagem aparece nos lugares que eu conheço. Em outros mencionados, como EUA, Inglaterra, Suíça, surgem por meio de cartas escritas e trocadas entre os personagens. 

O intercâmbio cultural, como ele se deu em sua vida e como ocorre na trama do romance? 

Eu tenho uma vida muito simples, sou uma pessoa muito dada. Embora trabalhe em uma área profissional complicada. Tem que se ter muita malícia, muita estratégia e atuar com muita responsabilidade, porque é a vida das pessoas que está ali. A gente não muda como pessoa mesmo estando interagindo com várias influências culturais, também tenho uma família maravilhosa, e isto me dá centro e estabilidade. Acho que o direito e a história me permitiram ter uma percepção de algo imutável que trazemos conosco. O contato com as redes sociais me ajudou muito a compor este quadro multicultural que tem a ver com minha vivência em vários lugares do Brasil e do mundo. Já trabalhei em vários estados do Brasil como advogado, participei de congressos, seminários. Sabendo, ao mesmo tempo, que o mundo é transformação. É preciso rever conceitos passados pelos nossos pais que viveram outra realidade. Tratando de temas como homossexualidade, geralmente coloco os personagens para debatê-los, fazendo um balanço e entendendo a relatividade de cada coisa. Houve também pesquisa, tanto que meu livro foi encarado como obra de ficção científico-realística. Tanto O cosmopolita quanto A menina que cantava para as flore”. Fazer ficção é muito complicado. Porque estamos o tempo todo dando a cara a tapa, principalmente quando fazemos novela, meus livros têm uma estrutura de novela, uma cena sucede a outra. Tem que ter muito cuidado com as emoções. Houve uma leitora que não completou o livro porque ficou impactada com o trecho em que ocorre a morte de um personagem e ela tinha perdido um ente querido. Temos que ter cuidado com nossos anseios e conflitos e também nos dedicarmos para que a narrativa seja algo agradável.

Sim, você percebe essa conexão entre os dois romances… Em A menina que cantava para as flores, se tem um núcleo familiar, também isso parece que serve de eixo para suas narrativas e há a presença da religião também muito forte…

Levamos para a obra todo nosso arcabouço de conhecimentos e as vivências familiares. Eu mesmo uso uma palavra neste livro muito empregada por meu pai que é “coscobeu”, pessoa que não entende de nada. Como já disse, escrevi os meus dois romances no período da pandemia, quando pude me afastar mais das atividades profissionais. Pude estudar mais, me dedicar mais, acordava cedo. Quando O cosmopolita estava no processo de edição, que foi muito criterioso, eu me inquietei e resolvi escrever A menina que cantava para as flores. Eu criei um grupo de WhatsApp chamado o cosmopolita. Tinha o grupo da OAB e da Casa do Poeta. E fiz uma enquete sobre o gênero que deveria escrever, então houve uma grande tendência para o romance de suspense. Comecei a escrever e só no meio me veio o título do livro, porque essa menina vai incorporar um espírito. O livro tenta fazer o diálogo entre a ciência e a religião, tudo tirado do que observava da sociedade, como se comportam as pessoas quando estão com um problema, a religião é um caminho? É de que forma? Quais são as pessoas que poderão nos ajudar?! E aí onde aparece um mago-rezador, Miguel Velho, que sofre a influência de várias religiões, até ele chegar naquilo que ele entende como eficaz para salvar vidas, curar as pessoas.

O interesse por religiões antigas veio com o próprio livro. Eu sou uma pessoa de ficar procurando, pesquisando tudo, observando: o que isso aqui? O que é aquilo? Lembrei que, quando jovem, cuidava da liga de futebol amador da cidade e tinha um jogador chamado Zoroastro. Fui pesquisar este nome, descobri que era uma personalidade religiosa, ligada a uma religião chamada mandaísmo, que influenciou as demais, o catolicismo… surgida na Mesopotâmia. Quando fui fazer o livro resgatei esta história por meio do personagem Miguel Velho, o rezador e curador. Ele é muito inteligente, algo que independe de conhecimento escolar… mesmo ele se confundindo com algumas coisas, você encontra nele algo de importante para a sociedade. Precisava acrescentar ao personagem algo de diferente, daí veio esta história da juventude. Por estes aspectos é que o livro é vendido até no Japão, possivelmente por estas identificações.

Muitas vezes você pratica um culto, uma religião e não sabe destas influências. Então temos neste romance um núcleo familiar que é atormentado por um espírito. O pai, Suzano, é músico e um representante comercial, a esposa Marta era professora de francês e de italiano e as filhas, Gorete, que é a mais velha com 17 anos, Cecília, que é a do meio com 15 anos, e a Catarina de seis anos, que é exatamente a que vai sofrer esta intervenção espiritual de um músico da França que falece, este com ligação com a filha mais velha… é tanto que ela é imune às influências espirituais, enquanto todo mundo se acidenta e tem problemas… Brenda Lis, minha filha, inspirou a Cecília, ela é uma menina muito inteligente, se prepara para fazer Medicina e de ideias progressistas e tal. Sempre… desde os 10 anos, que ela é ligada em assuntos do Oriente, especialmente da Coreia do Sul. 

Você tem capacidade de caracterizar os personagens pela fala, de onde vem isto? 

Eu sempre me interessei pelos sotaques regionais; como disse, vivi em muitas cidades da Bahia e trabalhei e tenho vivências em vários estados. Ainda novo fui para Juazeiro, e percebi logo cedo que cada lugar a que você chega tem sua forma de falar. O português, em um país continental como o Brasil, é bastante variado. Na África, Angola, fala-se mais próximo do jeito lusitano. Eu tenho essa coisa de mostrar a minha terra e não se pode fazer isto sem retratar o nosso linguajar. Nossa cultura ao mesmo tempo que ela é idêntica, ela é diferenciada, isto tem relação com os acontecimentos da colonização, com as ondas migratórias. Tem cidades do Nordeste, em que todo mundo é branco com os olhos claros. Chega para o lado de cá da Bahia, já tem a influência do negro, então eu preciso retratar essas fusões, que você percebe no dia a dia das pessoas. 

Como você vê a literatura hoje no país, considerando sua experiência com esses seus dois livros? 

Fazer literatura no Brasil é muito difícil. Existem questões de base que são pouco discutidas. Por exemplo, aqui no nosso país, quem indica os livros para crianças e jovens são as escolas, em países desenvolvidos são os pais que cumprem este papel. Ele já começa lendo, ele vai se desenvolver lendo historinhas. No Brasil não tem este incentivo familiar e por outro lado os governos não têm este interesse. Hoje está acontecendo algo interessante que é quantidade crescente de feiras. Eu mesmo participei de uma feira na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na Flipelô duas vezes e na Academia Baiana de Letras em Barreiras, vou participar da Feira Internacional de Campina Grande. Curiosamente ainda não participei da Feira Internacional de Cachoeira. Embora O cosmopolita tenha como ambiente a cidade. Estas feiras ajudam a divulgar as diversas produções, mas os governos precisam destinar verbas para a elaboração dos livros. Um livro desse sai muito caro para sair com qualidade. Para estar na prateleira de empresas importantes tem que ter qualidade. Porque senão ele vai se resumir a uma pequena região. Outra coisa também, você não deve doar livro, trata-se de uma obra. Houve esforço, uma produção. Você investiu… a pessoa tem que comprar, porque ele vai dizer para si: “isso aqui eu tenho que ler, isto aqui é precioso, isto aqui tem valor”. Quando você não faz um trabalho profissional, ele não consegue avançar. 

Hoje existem as editoras tradicionais e as médias e pequenas editoras nas quais o autor paga para produzir o livro e elas se envolvem também com distribuição a depender do contrato que você faça. Em Portugal, existem dificuldades semelhantes as nossas, algo que não se observa em outros países da Europa. Os governos precisam auxiliar os escritores nesta vontade de que sua obra vá mais longe. As redes sociais têm ajudado muito, eu mesmo trabalho com a editora Telha, ela tem me auxiliado a inserir meus livros em diversas plataformas e hoje é importante que o escritor conheça este mercado editorial, pois existem bons e maus profissionais como em qualquer outro segmento, existem editoras fantasmas, é preciso ter muito cuidado.

Sua obra tem por característica cativar o jovem, isto facilita, não?

Você tem que saber que público você quer atingir. O cosmopolita mesmo tem uma visão mais geral, se aprofunda em vários pontos. E A menina que cantava para as flores, não. A história acontece toda dentro de uma residência em Itapuã, em Salvador, onde se discute a família e a religião de uma forma leve e alegre, envolvendo a criança, o jovem e o adulto, de maneira que ele tem uma pegada jovial mesmo. Dizem que o brasileiro não gosta de ler, mas isto tem mais a ver com nosso número grande de analfabetos, inclusive de analfabetos funcionais. Você tem que focar neste público de maneira a trazê-lo para você. Tem leitores meus que me confessam: o seu livro foi o primeiro que li na minha vida. Uma evangélica que só lia a Bíblia que depois que leu O cosmopolita passou a se interessar por literatura, disse que não sabia que era tão bom. O cinema também é hoje uma forma de levar as pessoas para a literatura. Porque o livro sempre é mais rico que o filme, principalmente porque tem muitas histórias cortadas, personagens suprimidos e detalhes psicológicos que não são retratados.

E a agora quais os próximos passos, quais são seus projetos?

Eu pretendo me dedicar à área de contos. A menina que falava para as flores abre um projeto de cinco histórias de suspense. No caso, envolve este romance já publicado e mais quatro contos. Eu descobri que existem pessoas que começam a ler o romance e param por preguiça, por isto venho pensando em fazer contos. Eu já tenho uma história pronta, O mistério de Ingrid, e mais duas, será O homem que amava o retrato Tchau Brasil. Isto para 2025; em 2026, penso em algo voltado para a questão histórica, um romance que trate da vivência indígena, chamado Saruma. Eu acho o título e vou pensando nos pontos a serem desenvolvidos e vou guardando. O mistério de Ingrid trata de uma moça que tenta o suicídio saltando do sexto andar do seu prédio, mas que morre na realidade asfixiada por entulhos jogados por caçambas na área da queda. Surge a discussão, foi suicídio, foi um acidente? os operários não viram o corpo? isto envolve questões do Direito Penal. Os meus livros sempre se voltam para o Direito e a História. Nesta obra, faço homenagem a um colega delegado de polícia, meu amigo, doutor Antônio Álvaro. Tenho também vontade fazer algo sobre tribunal do júri. Enfrentei três júris e venci todos, embora todos dissessem que os réus seriam condenados. Mas existem sempre questões interpretativas na lei e erros de investigação, é um assunto muito bom para levar para a ficção.

Link para o livro: https://editoratelha.com.br/product/a-menina-que-cantava-para-as-flores/

CIDA SIMKA

É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024). Colunista da revista Conexão Literatura.

SÉRGIO SIMKA

É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024). 

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