Fale-nos sobre você.
Raquel Terezani de Paiva, nascida em 1984, leitora voraz desde criança e escritora desde os 13 anos, mesmo sem ter noção de que era escritora.
Atualmente escreve romances jovem adulto, alguns com uma pegada de fantasia urbana, e ficção científica leve. Publicou uma distopia e um romance jovem adulto em e-book na Amazon, de forma independente, e diversos livros no Wattpad, um deles vencedor de um prêmio wattys em 2021.
Também é mãe, esposa e apreciadora de comédias de meia hora.
Fale-nos sobre os livros. O que motivou a escrevê-los?
Vou me ater aos principais:
– “Nós escolhemos esquecer”, uma distopia. Tive a ideia dessa história lá por 2019, quando, escrevendo uma mensagem no celular, me vi extremamente refém do corretor automático. Parecia que eu não sabia mais se uma palavra era escrita com XC ou com SS. E comecei a pensar: o que aconteceria se não precisássemos mais aprender e ler e escrever? E se a internet (ou a IA, que na época ainda não era tão famosa) fizesse isso por nós? Mas e se, além disso, um belo dia, essa mesma tecnologia parasse de funcionar?
– “Viradela”, um romance romântico jovem adulto. Quando eu mesma era adolescente e moradora de São Paulo, eu passava férias e feriados numa cidade de dez mil habitantes, onde minha mãe nasceu. As experiências dessa época e outras da minha imaginação se tornaram uma história sobre amizade e amor a distância.
– “O último feitiço de Cassandra”, uma romantasia com viagem no tempo e bruxas contemporâneas. Um dia eu estava tomando vinho com meu marido e pensei: quantas outras linhas do tempo poderiam existir, uma, por exemplo, em que eu e ele sequer tivéssemos nos conhecido na faculdade, o que teria acontecido? Teríamos nos encontrado de outra forma? E se algumas pessoas já falecidas ainda estivessem vidas? E foi um “e se” atrás do outro que fez essa história tomar forma.
– Agora estou trabalhando no “Uma dose de neblina”, um drama sobre alcoolismo. Tive um caso na família, mas as piores situações aconteceram antes mesmo de eu nascer. Quando minha mãe me contou essas situações, que me impressionaram, eu pensei “aquela pessoa tão calma e divertida, que só toma Coca-Cola, já foi assim? Como é possível? Como ela lida com essa doença até hoje? E as consequências? E as mágoas?”. Imaginei um livro que não acabasse quando a protagonista “superasse” o vício, mas que isso fosse apenas a metade da história.
Como analisa a questão da leitura no país?
Sou uma otimista, não nego, gosto de enxergar o lado positivo.
Tenho a impressão de que hoje temos muito mais acesso a livros do que antigamente. Claro, a dificuldade financeira para adquiri-los, sejam físicos ou e-book, ainda é o principal empecilho, mas percebo que as pessoas estão sim com mais vontade de ler. Seja influenciadas por ótimos professores, por pais e amigos, seja por pessoas famosas na internet que conseguem sim fazer um livro ser considerado tão popular quanto um filme ou uma música.
Sebos se reinventaram e estão vendendo online, livros podem ser comprados, emprestados e lidos em aplicativos de celular, e plataformas de publicação e leitura gratuitas têm milhões de acesso por dia.
Pra mim as coisas estão melhorando sim e melhorarão ainda mais.
Como o leitor pode saber mais sobre você e seu trabalho literário?
Meus livros podem ser acessados em:
Amazon: https://amzn.to/3ToxuZC
Wattpad: https://w.tt/4apqxP3
E minhas redes sociais são:
Instagram e Threads: @raquelterezani_escritora
X: @RaquelTerezani
Adoro conversar sobre literatura e estou sempre aguardando mensagens.
Algum conselho para novos escritores?
1- Não pare de escrever. Mesmo que você só puder escrever uma hora por semana, continue. Se só puder escrever em pé, no celular, no transporte público, como eu já fiz por um período da vida, escreva. Se você tem vontade de colocar pra fora aquelas histórias que povoam seus pensamentos, aqueles poemas que te “atormentam”, faça isso. Depois você pensa em publicação, em marketing e o que for. Eu escrevia muito quando era mais jovem, mas parei por quase dez anos quando a vida adulta chegou. E me arrependo bastante. O cérebro é um músculo e ele precisa ser exercitado. Continue.
2- Leia. Novamente, mesmo que for só uma página por dia, mesmo que for aquele tipo de história que você tem medo de admitir que gosta. Você vai se entreter e aprender, com certeza.
3- Participe de grupos de discussão com outros escritores. Seja online ou presencial. Escrever não precisa ser solitário, a menos que você queira. Nos grupos de que participo, nós trocamos muitas dicas, informações e opiniões e, às vezes, só de ver a empolgação das colegas com alguma coisa, o desânimo não me atinge.
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas, 2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera Editorial, 2023), Dayana Luz e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023) e Mariano (Opera Editorial, 2024).
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Paulista, escritor e ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Editor da Revista Conexão Literatura (https://www.revistaconexaoliteratura.com.br) e colunista da Revista Projeto AutoEstima (http://www.revistaprojetoautoestima.com.br). Fã de Edgar Allan Poe. Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out – Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado De Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo” e outros. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary – Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com
Muito obrigada por esta oportunidade. Vamos ler e vamos escrever, pessoal !!!