Isa Oliveira é escritora, roteirista e ghost writer. Tem 58 anos. Nasceu em Monte Alto/SP, Seu nome de batismo é Izilda, oriundo de uma santa não canonizada, Menina Izildinha. É graduada em Letras pela USP e pós-graduada em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Senac/SP. É funcionária aposentada da Caixa Federal. Começou a trabalhar aos 10 anos, como empregada doméstica. Escreve desde criança. É autora dos livros: Elogio à loucura, O chapéu de Alberto, Tatuagem, Flor Julinha e a costelinha encantada. Ganhou 18 prêmios literários e  está concorrendo com um livro de contos inédito como finalista do Prêmio Carolina Maria de Jesus,realizado pelo Ministério da Cultura.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Isa Oliveira: Eu comecei a escrever antes de aprender a escrever. Com cinco, seis anos eu já inventava histórias. Não gostava de brincar com outras crianças, preferia ficar sozinha no quintal, transformando minhas bonecas, cabos de vassoura e de enxada em personagens. Era uma longa saga em capítulos diários. Quando eu descobri os livros e que havia pessoas que trabalhavam escrevendo histórias eu soube que essa seria a minha profissão: escritora. Mas, primeiro, precisei trabalhar como empregada doméstica, vender bilhetes no Metrô de São Paulo, ser bancária. Trabalhei alguns anos como repórter em jornais do interior e no Estadão, mas, o meu objetivo sempre foi a literatura. Publiquei o meu primeiro livro aos 36 anos, Elogio à loucura, um romance que está na sua 4ª edição. Depois publiquei um livro de contos, aos 49 anos, O chapéu de Alberto, que está sendo relançado em 3ª edição.

Conexão Literatura: Por que tanto tempo entre um livro e outro?

Isa Oliveira: É porque eu sabia que haveria um momento em que estaríamos apenas eu e a literatura. Este momento chegou. O que houve antes, foi, digamos, apenas uma preparação. Desde os 18 anos, eu nunca deixei de trabalhar com a escrita. Escrevo regularmente para dois jornais, sou roteirista de um canal do Youtube e escrevi alguns livros como ghost writer. Mas, estou deixando alguns projetos para me dedicar integralmente à escrita autoral. Quero deixar de ser uma “escritora fantasma”, senão, daqui a pouco o túnel se abre e eu acabo virando uma “fantasma escritora”! Então, decidi reeditar os dois primeiros livros e deixar que eles puxem a fila, porque tem muita coisa a ser escrita. Quero me dedicar à minha missão:  melhorar o mundo e iluminar vidas pelo poder da palavra.

Conexão Literatura: Você é autora dos livros Elogio à Loucura e O Chapéu de Alberto. Poderia comentar?

Isa Oliveira: Como eu disse, o Elogio à loucura foi o meu primeiro livro e a escrita dele foi muito importante para mim. Ele trata de um tema muito forte, o câncer. A narrativa é feita em primeira pessoa e isso já fez com que confundissem criadora e criatura, achando tratar-se de um livro autobiográfico. Ainda hoje, 22 anos depois da 1ª edição, pelo fato de eu passar maquininha no cabelo de vez em quando, as pessoas acham que tenho câncer. Mas não tenho, nunca tive. Não é um livro de memórias, é uma ficção.

A personagem principal deste livro, Dulce Bastos, é uma navalha. Uma mulher forte, dura, antissocial e autoritária que, ao descobrir que tem câncer, resolve comprar um vinho caro para comemorar que, finalmente, vai morrer. Fica bêbada e decide escrever um livro e publicar um anúncio procurando um namorado para a sua cadela virgem, a Brigite, o que desencadeia uma série de acontecimentos que a fazem perder o rígido controle que tinha sobre si mesma e começar a redescobrir a vida.

É um livro sobre a força e a fragilidade da mulher, sobre relacionamentos abusivos e relacionamentos curativos, sobre mães e filhos, sobre vida e morte, doença e saúde, e sobre a importância dos animais na nossa vida, afinal, Brigite era o único vínculo de amor de Dulce e, por causa dela, tudo se transforma.

O chapéu de Alberto é a menina dos meus olhos. Este livro sim, tem alguns traços autobiográficos. São 21 contos e, em pelo menos quatro deles, eu retrato coisas da minha própria vida. Escrevê-lo foi um desafio. Eu achava que não seria capaz de escrever contos, porque sou muito prolixa, e o conto exige um grande poder de síntese. Mas, a experiência foi fantástica. Tanto que já concluí mais um livro de contos, que está na disputa do Prêmio Carolina Maria de Jesus (este não posso dizer o nome ainda, para não ferir as regras do concurso) e estou escrevendo um terceiro: O cravo brigou com a rosa, com contos que retratam a violência nos relacionamentos.

Conexão Literatura: Como é o seu processo de criação? Quais são as suas inspirações?

Isa Oliveira: O meu processo de criação é catártico, visceral, e a minha fonte de inspiração é a vida; os acontecimentos mais comezinhos, do cotidiano, podem render boas histórias se interpretados pelo viés adequado.

Eu admiro muito a disciplina de escritores que escrevem duas, três, quatro horas por dia, todos os dias. Isso não é possível para mim. Posso seguir uma rotina com a escrita mais técnica, um roteiro, uma biografia, mas, a escrita literária não se processa assim. Eu costumo ter ideias que surgem como fragmentos de histórias ou, às vezes, como uma história inteira. Esses insights nem sempre aparecem nos momentos mais propícios, então, eu anoto a ideia num papel e guardo numa gaveta. Eu tenho uma gaveta de ideias que está tão abarrotada que vou precisar de umas três vidas para dar conta de escrever tudo! Não guardo no computador ou no celular, porque senão elas desaparecem, enfraquecem. Mas, quando estão no papel, não. É algo forte, material, palpável. Tenho coisas anotadas em marcador de livro, bula de remédio, papel de pão, guardanapos…

Quando sento para escrever, saio do domínio do tempo. Dia e noite deixam de ter importância. Já cheguei a ficar mais de trinta horas seguidas escrevendo, não parando nem para comer. O Elogio à loucura escrevi à mão, em onze dias. O Chapéu de Alberto, foi no computador, então foi um pouco mais rápido, oito dias.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho dos seus dois livros especialmente para os nossos leitores?   

Isa Oliveira: Do Elogio, a parte que eu mais gosto está no fim, mas, não posso contar, para não dar spoiler… Então vou citar uma parte do início, quando a Dulce ainda está embriagada e começa a escrever sobre o amor:

“Passei os principais anos de minha vida sem ódio e sem amor. Sozinha. Nada nem ninguém habitou meu coração. Nem homens e nem Deus. Tenho filhos e gosto deles porque todas as mães gostam de seus filhos, mas esse é um amor instintivo e que não incomoda. Um amor absoluto e jamais sujeito às intempéries. Amor de mãe por seus filhos é como uma pedra, uma grande pedra. Chove e ela continua sendo pedra. Faz sol e ela permanece pedra. Anoitece e ela é pedra ainda. Faz-se dia e ela é a mesma pedra. Venta, faz frio, neva, faz calor, caem as folhas das árvores, nascem outras, vêm as flores, os frutos, as sementes que originam novas árvores e a pedra é a mesma, inalterável. Porém, não é a esse amor que me refiro. Não falo do amor que não se abala, e sim do amor que faz chover, que faz as flores desabrocharem e fenecerem. Falo do amor que sacode, modifica, altera rotas, dá sentido à vida ou tira dela o sentido. Não falo do amor apenas sujeito às intempéries, mas do amor que provoca as intempéries. O amor parceiro da dor.  Esse já passa ao largo da minha vida há muito, muito tempo.”

O Chapéu de Alberto é um livro de contos, então, gostaria de citar um pouco de cada um… Mas, vamos lá à difícil tarefa da seleção (não) espontânea. Vou citar um trecho do conto She, sobre a relação entre a filha e o pai com Alzheimer. Este é um dos contos autobiográficos e essa história é muito impactante para mim.

“Na mesa, tinha uma travessa com arroz-doce, já no fim. Serviu-lhe um pouco e, depois que ele comeu, perguntou-lhe se queria mais, ele disse que não. Continuaram na mesa, conversando e, enquanto ela prestava atenção ao marido, que contava alguns acontecimentos do seu dia, notou que a mão do pai deslizava lentamente, rumo a uma colher de sobremesa. Perguntou de novo se ele queria mais arroz-doce e ele disse que não, que estava satisfeito.

Continuou a conversa e de novo viu o mover-se sorrateiro da mão. Não falou nada, fez de conta que não estava vendo. Ele apanhou a colher e a escondeu no colo. Ela continuou fazendo de conta que não via, enquanto ele enfiava rapidamente a colher na travessa de arroz-doce e a levava quase que criminosamente à boca. O genro também percebeu, mas continuou a conversa com a esposa como se nada acontecesse. De novo a colher furtiva na travessa, mais um bocado do arroz-doce engolido às escondidas. Depois outro e mais outro, até esvaziar a travessa.

Ela e o marido riram. Era tão gracioso aquilo, tão infantil, com sabor de arte de menino traquinas. Mais uma vez lhe veio a imagem do homem austero, até mesmo violento, patriarca autoritário cuja palavra era lei. Agora estava ali, frágil como um menino, roubando arroz-doce da travessa. Riu, e seu riso doeu-lhe. No som, a voz melodiosa de Louis Armstrong enchia a sala com as notas maravilhosamente tristes de La vie en rose. A vida pode, enfim, ser cor-de-rosa?”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir os livros e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Isa Oliveira: Para saber mais sobre mim, o leitor pode visitar meu Instagram https://www.instagram.com/isaoliveiraescritora/,mas sem grandes expectativas, porque não sou superativa nas redes sociais. Apareço por lá de vez em quando… Tem um vídeo do SENAC que mostra a minha saga com bibliotecas na minha infância e dá uma boa visão a meu respeito: https://www.youtube.com/watch?v=u3C1kFaVg-U. Dê uma olhadinha. Os meus livros podem ser encontrados na Amazon, nos sites da UICLAP e do Clube de Autores e também nas Americanas, Submarino, Estante Virtual, Magalu, Shoptime, Mercado Livre. Para os livros adquiridos no site https://loja.uiclap.com/ use o cupom OQUELI5 para ter um desconto especial.

Conexão Literatura: Quais dicas daria para os autores em início de carreira?

Isa Oliveira: Escrever é um dom, acredite nisso, mesmo que lhe digam o contrário. O mundo virtual está cheio de cursos e mentorias para ensinar a escrever livros. Duvide disso. Ninguém vai te ensinar a escrever, nem mesmo um curso de Letras numa universidade importante conseguirá fazê-lo. Você pode aprender sobre literatura, pode conhecer algumas técnicas, mas, a escrita é algo que está entre a sua mão e a sua alma. Se você quiser gastar o seu dinheiro com cursos que prometem fazer de você um escritor de sucesso, esteja à vontade, mas, meu conselho é que você só consulte esse material depois que tiver escrito e publicado alguns livros, porque, se você se engessar, se achar que tem que escrever de acordo com essa ou aquela técnica, corre o risco de perder o essencial e, o máximo que poderá conseguir será escrever uma boa redação para o ENEM.

Jornada do herói, construção de personagens, passo a passo para criar enredos matadores, não dê atenção a isso. Essas coisas são importantes para ajudar alguns colegas a ganharem dinheiro, mas não fará de você um escritor. Feche seus olhos e apenas sinta. Os personagens virão até você, eles se apresentarão exatamente como são, e o enredo simplesmente acontecerá.

Desde que o mundo é mundo, milhões de escritores produziram uma infinidade de livros. Quantos sobreviveram ao tempo e aos modismos? Destes, quantos você acha que fizeram cursos para aprender a escrever? E quantos se prestaram a ganhar dinheiro ensinando outros a escreverem? Quer empregar bem o seu dinheiro? Compre livros e os leia. E, se não tem dinheiro, vá para as bibliotecas, acesse conteúdos gratuitos. Mas, leia, leia muito. O livro é o grande mestre do escritor. E se eu puder indicar um livro que pode servir como uma bússola para o seu ofício, eu indico Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke. É um livreto, mas, é preciosíssimo. Se você o ler com honestidade descobrirá se é mesmo um escritor e jamais se forçará a ser um – e nem desperdiçará o seu precioso dinheiro indo atrás do canto da sereia.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Isa Oliveira: Sim, existem. No momento, estou concluindo duas biografias que, provavelmente serão meus últimos trabalhos como ghost writer. E, enquanto me dedico a elas, estou mantendo em banho-maria o livro de contos O cravo brigou com a rosa, que já mencionei, e Lazarus – ressurgido das sombras, a minha exceção, porque este livro está sendo escrito há vinte anos, ele é sobre a depressão. E tem o livro que já está pronto e que está participando do Prêmio Carolina Maria de Jesus. Ficando ou não entre as 40 escritoras vencedoras, este livro será lançado no próximo ano. É uma alegria muito grande para mim ter passado pela primeira peneira desta premiação. Das 2.619 obras inscritas, 1.812 foram habilitadas, e o meu livro está entre elas. A Carolina foi empregada doméstica, como eu, portanto uma empregada chegar à fase final de um importante concurso literário, de abrangência nacional, que leva o nome de outra empregada já é uma vitória.

Conexão Literatura: Você costuma citar poemas e trechos de músicas em seus textos. Isso faz parte do seu estilo?

Isa Oliveira: Nunca pensei sob este prisma, mas, creio que sim. As citações são o meu tributo a obras que tocam a minha alma. Agora, com os e-books, é possível colocar os links das músicas no texto e isso é fantástico. Normalmente, escrevo ouvindo música. Às vezes uma única música, repetidamente. Então, eu citava as letras ou trechos de letras, agora posso deixar a música ali, a um click do leitor, e me alegra muito saber que alguém vai ler um texto meu ouvindo a música que eu ouvi para escrever aquele texto. Isto é uma conexão poderosíssima. Ainda não iniciei, mas tenho em mente um livro que se chamará O charme das canções, que é o título de uma canção belíssima do Geraldo Azevedo. Nesse livro, escreverei histórias para as músicas que amo.

Perguntas rápidas:

Um livro: O veleiro de cristal, de José Mauro de Vasconcelos

Um ator ou atriz: Ary Fontoura e Vera Holtz

Um cantor: Indiscutivelmente, Vander Lee

Uma música: Somewhere in Time, tema do filme Em algum lugar do passado, que espero tenham a delicadeza de tocar no momento em que meu corpo for enterrado.

Um filme: Dois. Cinema Paradiso (assisti 11 vezes) e A vila (fantástico, surpreendente).

Um hobby: Assistir ao nascer do sol (faço isso diariamente).

Um sonho: Ver o Elogio à loucura ser transformado num filme.

Um dia especial: 02/05/2015, quando, aos 50 anos, conheci o amor da minha vida.

Um medo: cobras (pavor!)

Uma preocupação: Morrer antes de esvaziar a gaveta de ideias…

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Isa Oliveira: Sim. Para os leitores, tenho um pedido: Quando ler um livro e gostar, escreva sobre isso, comente, e tente fazer o seu comentário chegar até o escritor. A escrita é um exercício solitário e a opinião dos leitores nos alimentam, fazem valer a pena. E, para os novos escritores, um conselho: Não escreva para agradar ou para seguir tendências do momento. Descubra o seu próprio estilo. Se quiser ganhar dinheiro escrevendo livros, publique dez maneiras de fazer qualquer coisa e, com um bom marketing, poderá até ficar rico. Mas, se quiser escrever livros que permaneçam e que toquem a vida das pessoas, faça isso com a alma. Assim como Van Gogh vendeu apenas um quadro, em vida, Fernando Pessoa publicou apenas um livro em português (Mensagem, 1934), praticamente um prêmio de consolação no Concurso Literário Antero de Quental, pois o livro foi classificado como segunda categoria. E, quem são Van Gogh e Fernando Pessoa para a arte e a cultura hoje?

Não se aflija para que seus livros sejam encontrados pelos leitores. Deixe que os próprios livros encontrem os leitores pelos quais deverão ser lidos. Não se preocupe com isso, apenas escreva. Escreva e publique. Hoje, com as plataformas de autopublicação como a Amazon, a UICLAP, o Clube de Autores ficou muito fácil publicar um livro sem precisar gastar nenhum tostão. Então, escreva, publique. Você pode e até deve fazer o seu marketing, afinal, como diz a canção do Milton Nascimento, “todo artista deve ir aonde o povo está”, apenas lembre-se de que nem sempre você, o leitor e o livro estarão dividindo o mesmo espaço e tempo…

Então, escreva, publique, divulgue, mas, se não vender, se não se tornar um best seller, não deixe que isso lhe destrua. Livros vendidos nem sempre são sinônimos de livros bons e livros encalhados também não significam livros ruins. Se os seus livros forem bons, eles sobreviverão a você e continuarão sendo bons quando você já não estiver aqui. Depois de publicado, o livro já não nos pertence. Escrever livros e vender livros são ações muito diferentes e nem sempre um autor possui as duas habilidades. Chegará um momento em que você precisará decidir se é um artista ou um vendedor e, se focar mais em ser um vendedor, corre o risco de não ter o que vender, porque poderá deixar de produzir… Então acabará indo dar curso para ensinar outros a fazerem aquilo que você já não consegue fazer: escrever!

Eu gostaria muito que os autores brasileiros, como acontece em outros países, pudessem viver apenas para a literatura e da literatura. Infelizmente, essa ainda não é a nossa realidade. Não é impossível, mas poucos o conseguem. Talvez alguns de vocês já tenham passado pela triste experiência de, ao responder à pergunta: “O que você faz?” dizendo: “Sou escritor”, ouvir em seguida: “Mas trabalha com quê?”…

Apesar de não ser espírita, vou encerrar com uma frase de Chico Xavier, que decorei ainda mocinha, e que me ajudou em muitos momentos difíceis: “Não vos entregueis a distúrbios do pensamento ou da palavra. A aflição não constrói, a ansiedade não edifica”.

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4 respostas

  1. Quase que um desencadear de muitas vidas, representadas em uma só vida. Que bom que, no meio deste caminho que fiz, não encontrei só pedras. Neste meu caminho, encontrei Isa Oliveira. Minha autora, a mulher de muitas vidas que caminha junto à minha!

  2. A autora tem o dom de despertar o desejo da leitura, pois é sempre imprevisível, original, atraente, múltipla, rica, cheia de novidades e mistérios.

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