ENTREVISTA:
Fale-nos um pouco sobre seus livros.
Bem, adoro história, e, então, procuro colocar sempre uma pitada dos mistérios do passado em minhas histórias. A história pode ser do Brasil ou mesmo universal.
Como é o processo de elaboração das histórias?
Sou bastante observadora e, geralmente, são os fatos que me inspiram.
Quanto tempo demorou para escrever “Confraria da tumba 55”?
Qual o motivo que a levou a escrevê-los?
Escrever para mim é uma forma de diálogo com os jovens. Sei o quanto se interessam por mistérios e busco no real a inspiração para o imaginário.
Para você, o que é ser escritor?
Nunca me imaginei escritora, mas uma contadora de histórias. Minha infância foi povoada por histórias contadas pelos mais velhos (avós, pais e agregados), acho que foi por isso que tomei gosto.
Como analisa a questão da leitura no Brasil?
Viver da literatura no Brasil é praticamente impossível, salvo raras exceções. As pessoas em geral leem pouco, e existe pouco investimento dos governos em projetos literários.
Está escrevendo algum livro no momento? Vai dar continuidade aos caçadores de enigmas?
Atualmente estou trabalhando em um romance histórico que a priori denominei de “A barca que atravessa o rio”. Conta a saga de meus antepassados vindos da Alemanha e a questão dos “mukers”, seita criada pela tia de minha bisavó, Jacobina Maurer, que foi morta com seus sectários pelo exército brasileiro.
Quanto aos caçadores de enigmas já tenho dois livros dormindo: um ambientado em Florianópolis e outro em Torres, Rio Grande do Sul.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2106), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).