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Rubens Marchioni – Foto divulgação |
Mantém o blogue http://rubensmarchioni.wordpress.com, por meio do qual divide com o internauta a sua maneira de ver, ouvir e sentir o mundo à sua volta.
Tem mais de dez anos de estrada como professor universitário e foi eleito “Professor do Ano” no curso de pós-graduação da FAAP. Em parceria com a professora e coordenadora pedagógica Sonia Regina Porta, fundou a Eureka! Assessoria em Comunicação Escrita, cujo propósito maior é contribuir para que mais pessoas aproveitem os benefícios oferecidos pelo desenvolvimento da habilidade de falar por escrito.
Por natureza, é um intelectual. Encanta-se com o mundo das ideias. A propósito disso, envolve-se profundamente na busca pela origem, essência e destino das coisas. Bem cedo se descobriu escritor – ler e escrever o redimiu, eis por que deseja dividir sua experiência. Por essas e outras razões, gosta de ouvir música, ler, passear, estudar, procurar novas respostas para antigas perguntas, fazer caminhada, conversar, estar com a família e manter uma espiritualidade, que lhe garanta o equilíbrio no convívio com pessoas e coisas.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros, em especial o de escrita criativa.
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?
O caminho mais prático, se a gente não se encontrar em algum trabalho profissional, é por meio do meu blog – rubensmarchioni.wordpress.com -, do Linkedin, onde apareço sempre, e do Facebook.
Como analisa a questão da leitura no país?
Aparentemente, hoje as pessoas leem mais do que no passado. Mas só aparentemente. Porque hoje as leituras são mais superficiais. As redes sociais provocaram uma inundação de informações, muita gente pensa que está navegando nessas redes quando, ao contrário, está se afogando. As pessoas ficam perdidas num emaranhado de dados e aprofundam pouco. Do mesmo jeito que muita gente já não está preocupada em saber se o celular de que dispõe cumpre adequadamente a tarefa de conectar-se às outras pessoas, mas se é o último modelo, e a indústria adora saber isso, porque assim pode anular o modelo do mês passado, substituindo-o pelo do mês que vem, muitos leitores não estão preocupados em adquirir o conhecimento produzido hoje, querem apenas dar uma olhada no que vai valer para o próximo mês. Sem o hoje, porque não fincam pé no presente, e sem o que vem no futuro, porque ainda não chegou, fica-se mais ou menos com nada.
O que tem lido ultimamente?
Nesse momento estou lendo o imperdível Confissões de um jovem romancista, de Umberto Eco. É um desses livros generosos, em que o autor parece dizer “tudo bem, eu vou ensinar como se faz”. Então ele leva o leitor para dentro da sua oficina e começa a mostrar as ferramentas que usa, a maneira como trabalha, a rotina, tudo aquilo de que a gente precisa como guia para depois caminhar sobre as próprias pernas, ao menos sabendo que se não acertar em tudo, pelo menos não vai errar tanto. Fora isso, sempre leio bons textos publicitários – a linguagem da propaganda obriga-se a ser criativa e eficaz, porque tem de vender um produto ou serviço em pouco tempo ou espaço, num contexto em que investe muito dinheiro para a veiculação de sua mensagem. Outras leituras incluem cronistas como Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Carlos Heitor Cony, Martha Medeiros e jornalistas do nível de Lucas Mendes, apenas para citar alguns exemplos mais frequentes.
Quais os seus próximos projetos?
Estou investindo no segmento de palestras, rodas de conversa e assessoria para estudantes e executivos, porque acredito que são formas produtivas de despertar as pessoas para lidar com temas importantes, que depois elas podem aprofundar por outros meios. Além dos cursos, em que determinados assuntos são tratados com um nível maior de detalhamento, abrangendo aspectos como conhecimento [saber], habilidade [saber fazer] e atitude [querer fazer]. Enquanto isso, sigo com o trabalho de ghost writer, escrevendo artigos e livros para pessoas que, por alguma razão, não dispõem dos meios para fazê-lo, como aconteceu com Câncer de mama. Vitória de mãos e mentes, escrito sob encomenda e publicado pela Editora Totalidade.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).