“Em tudo há sempre uma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la.” (trecho do livro Pollyanna) |
Olá leitores! Hoje compartilho com vocês esta resenha sobre uma obra tão terna, bela
e doce, que me encantou quando eu ainda era uma menina. Falo do livro infanto
juvenil lançado em 1913 Pollyanna de Eleanor H. Porter, que quase me faz verter
lágrimas aos olhos apenas por mencioná-lo.
sua única parente viva: a tia materna Polly Harrington que é rica,
intransigente, e destituída de carinhos e apegos. Ela decide aceitar a sobrinha
apenas como o comprimento de seus deveres sociais. Já Pollyanna, é o oposto,
totalmente afetiva, nunca se contém quando está feliz e sempre demonstra seus
sentimentos e suas alegrias das mais variadas formas.
e adora dar carinho e atenção, acaba conquistando todos que estão a sua volta,
através de sua infinita alegria de viver e paixão pelo otimismo, mesmo frente
as situações mais estarrecedoras. Além de tudo isso, é através de seu “Jogo do
Contente”, que ela ensina a todos que na vida ninguém perde, basta saber olhar
e encontrar os motivos pelos quais podemos estar contentes. Assim, a obra que
só foi lançada no Brasil em 1934, após ser traduzida por Monteiro Lobato,
permanece como um sucesso singular, mesmo após mais de cem anos de seu
lançamento.
encantadora! Pollyanna em suas 180 páginas, é como uma lufada de ar fresco em
um ambiente abafado, é a luz que adentra pela janela e ilumina a casa toda, é
um pedaço de arco-íris que decide visitar o leito de um enfermo, é a alegria de
viver brotando no coração dos desesperançosos, é o otimismo, a bondade, a
doçura e inconfundivelmente o amor, personificado nas atitudes e palavras desta
doce personagem. Através dela e de seu “Jogo do Contente” que ela
pratica o tempo todo, obtêm-se vários ensinamentos que evocam a importância de
valorizarmos o que temos e o que somos:
“- Quando a gente não está acostumada a uma coisa aprecia mais, não é? Foi como quando saíram da barrica aquelas fitas de amarrar o cabelo, tão lindas depois de terem saído umas feias, velhas, já sem cor.” (trecho do livro)
” – Sim, muletas. Eu queria uma boneca e papai havia escrito que a mandassem, mas quando a barrica chegou, não havia boneca nenhuma dentro e sim um par de muletinhas para criança. Foi então que o jogo principiou.
– Mas não estou vendo nenhum jogo nisso, disse Nancy quase irritada.
– Oh, o jogo é encontrar em tudo qualquer coisa para ficar alegre, seja lá o que for, explicou Pollyana com toda sua seriedade. E começamos com as muletinhas.
– Eu não vejo como se possa ficar alegre de encontrar muletas em vez de bonecas. Não entendo.
(…)
– Sim. Fiquei alegre justamente porque não precisava delas, gritou Pollyanna exultante.
Veja como o jogo é fácil, quando se sabe.” (trecho do livro)
“- Doutor Chilton, eu acho que ser doutor é a melhor coisa do mundo.
O médico voltou-se surpreso.
– A melhor, quando a gente só lida com os sofrimentos da humanidade?
– Sim insistiu a menina; a melhor porque cura esses sofrimentos e por isso um médico deve ficar mais contente do que todas as outras pessoas, eu penso.” (trecho do livro)
tônico que todos deveríamos tomar para termos ânimo e abrir os olhos ante a
beleza que existe em nós e no mundo. Eu mesma já tive vários momentos bem
depressivos em minha vida e após reler o livro e refletir sobre estas situações,
vejo que talvez lhes dei proporções maiores do que mereciam. Então digo-lhes
enfaticamente: leiam este livro, sei que a opinião pode ser algo bem divergente
entre as pessoas, mas tenho certeza que até aqueles que não se apaixonaram pela
obra, se sentirão ao menos acolhidos por Pollyanna e tentados a colocar em
prática o jogo do contente.😉💗
constantemente os defeitos dum homem, falai às suas virtudes. Procurai tirá-lo
da senda dos maus hábitos. Sustentai, fortificai o melhor do seu eu, a parte
boa que não ousou ou não pode ainda manifestar-se. A influência dum belo
caráter é contagiosa, e pode revolucionar uma vida inteira…