“O vento leva agora as almas de tantas árvores apaixonadas

Que não tiveram a força de vencer as mágoas não amadas
Nascem agora frutos de vão alimentar novos caminhos
E vão dar sorte aqueles que que pensam estar sozinhos… ” (trecho do livro)

Olá Leitores! Compartilho com vocês esta linda obra portuguesa, que após uma longa viagem pelos mares do Oceano Atlântico, veio nos agraciar com seus prazeres poéticos, trata-se de Oníria. E para aqueles que assim como eu, devem estar se perguntando o que significa o título, fui pesquisar e oníria é uma derivação da palavra onírico, que é um adjetivo masculino que está relacionado ou faz referência aos sonhos, após esta explicação notamos que o apanhador de sonhos da capa do livro, combina graciosamente com o título. 

Sobre a autora: 
Joana Santos Silva nasceu em 1987, em Cascais, onde reside atualmente. Estudou Gestão Turística e Hoteleira, pelo Instituto Superior Politécnico Internacional de Lisboa e aprofundou a sua formação em Leadership and Management durante os três anos que viveu na Escócia, partiu em busca de novos desafios na sua área, regressando em 2015 porque a saudade falou mais alto. 

Trabalha com hotelaria em um hotel de cinco estrelas. Recentemente encontrou ainda tempo para continuar a investir na sua formação, frequentando o curso de Administrativo e Financeiro. Cultiva desde a infância a paixão pela escrita e pelos animais. Atualmente Joana vive com o seu noivo, três gatos e uma cadela. 

Sobre a obra
São pedaços de uma vida, aconchegada entre o passado e o presente, entre o sono e o sonho. Inquietações que nos apanham de olhos ainda cerrados, desligadas da realidade apenas na medida certa. Esta é uma obra de sobressaltos que podiam ser os nossos, povoada por desassossegos que são de todos. Feita de momentos que, ao romper da aurora, nos fazem seguir em frente. 

Ponto de vista
Escrito através de uma linguagem fluída e coloquial, certas vezes lembrando quase um fado – estilo musical português que adoro – os poemas de Joana Santos devem ser apreciados e lidos com calma, pois, suas palavras com certeza irão invadir a alma de qualquer leitor que seja mais emotivo. 

Para mim, foi impossível não reler o livro algumas vezes e ao término de todas elas me invadir um pensamento de “quem é esta autora que conseguiu transformar minha vida e meus sentimentos em poemas impressos em um livro? Gostaria de conhecê-la!” A autora se expressa de maneira tão crível, que faz o leitor sentir-se amigo dela, querer abraça-la e fazer parte de sua vida. 

Nas páginas de Oníria, me identifiquei profundamente com vários textos, como se eles narrassem determinados momentos de minha vida e descrevessem meus sentimentos mais profundos. Fui transportada no tempo e no espaço, a ponto de reviver alegrias, tristezas, amores, desilusões, saudades, nostalgias, enfim, ser tomada por tantos sentimentos que às vezes saltavam-me lágrimas aos olhos, mas não pensem que a obra é apenas para se emocionar e sofrer, pois, ela nos mostra principalmente, a importância que é ter esperança perante as dificuldades da vida. 

A seguir apresento-lhes um trecho do poema Loucura para lhes aguçar a curiosidade: 

“A um passo da loucura
Pára, vê o que falha
Se vês que nada te cura
É porque a vida é canalha 
Medita o teu interior
Reflete nas tuas escolhas
Não lhes guardes rancor
Escreve em outras folhas
Rasga tudo cá fora
Cria o teu próprio plano
Se tiveres que ir, vai-te embora
Não iludas o engano.”

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