A Academia Brasileira de Letras (ABL) é uma instituição cultural, cuja inauguração se deu em 20 de julho de 1897 e que está sediada no Rio de Janeiro. Qual o papel da Academia Brasileira de Letras? A entidade tem por objetivo o cultivo da língua e da literatura nacionais.

Seguindo o modelo adotado pela Academia Francesa, a ABL é formada por  40 membros efetivos (perpétuos), além de contar com 20 sócios correspondentes estrangeiros. 

No dia 13 de dezembro de 2018 tomou posse a nova Diretoria da ABL, para o exercício de 2019. A eleição aconteceu em 06 de dezembro de 2018 e a Diretoria passou a ser composta da seguinte forma:

Presidente: Marco Lucchesi
Secretário-Geral: Merval Pereira
Primeira-Secretária: Ana Maria Machado
Segundo-Secretário: Edmar Bacha
Tesoureiro: José Murilo de Carvalho. 

Sobre os membros da Diretoria da ABL (informações do site da entidade): 


Marco Lucchesi: Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL, foi eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Padre Fernando Bastos de Ávila. Nasceu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1963 e se tornou o mais jovem Presidente da Academia Brasileira de Letras dos últimos 70 anos. Uma curiosidade: o mais novo, em toda a história da academia, foi o Acadêmico Pedro Calmon (1902-1985), que assumiu em 1945, com 43 anos de idade.

Escritor muitas vezes premiado, tanto no Brasil quanto no exterior, Lucchesi é autor de uma obra que abarca poesia, romance, ensaios, memórias e traduções. Publicou mais de 40 livros ao longo de sua trajetória. Professor titular de Literatura Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucchesi tem pós-doutorado em Filosofia da Renascença na Alemanha. Formado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui mestrado e doutorado em Ciência da Literatura. Seus livros mais recentes são O carteiro imaterial (ensaios), Clio (poesia) e O bibliotecário do imperador (romance). Ganhou três Prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.


Merval Pereira: Oitavo ocupante da cadeira nº 31, eleito em 22 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, Merval Pereira é jornalista e comentarista da Globonews e da CBN e Colunista de O Globo. Foi eleito Correspondente Brasileiro da Academia das Ciências de Lisboa, em novembro de 2016. Em 1979, recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore. Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.


Ana Maria Machado: Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha. A escritora Ana Maria Machado presidiu a Academia Brasileira de Letras em 2012 e 2013. É membro do PEN Clube do Brasil e do Seminário de Literatura da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Integra o Conselho Consultivo do Brazil Institute do King’s College em Londres. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural, no grau de Grão-Mestre, a Medalha Tiradentes, a Grande Ordem Cultural da Colômbia, e a Medalha Tamandaré. Publicou mais de cem livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.


Edmar Bacha: Economista, fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates no Rio de Janeiro, Edmar Bacha nasceu em Lambari, Minas Gerais, de uma família de escritores, políticos e comerciantes. Sexto ocupante da Cadeira 40 da ABL, eleito em 3 de novembro de 2016, na sucessão de Evaristo de Moraes Filho, concluiu a Faculdade de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e, em seguida, obteve o Ph.D. em Economia na Universidade de Yale, EUA. É autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. O último livro foi Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes.


José Murilo de Carvalho:  Historiador, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Academia Brasileira de Letras. Nascido em Andrelândia (MG), fez sua graduação em Sociologia e Política na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é Ph.D pela Universidade de Stanford. Atuou como professor visitante e pesquisador em diversas universidades estrangeiras, como Oxford, Leiden, Londres, Stanford e Princeton. É autor de vasta produção de artigos e crônicas publicados em jornais e revistas, no Brasil e exterior, e de livros, como Os bestializados (1987), Pontos e bordados (1998), A formação das almas – o imaginário da República no Brasil (1990), Cidadania no Brasil: o longo caminho (2001) e Dom Pedro II (2007). Seu livro mais recente é O pecado original da República.

Como é o processo de escolha de um imortal da Academia

Como instituição cultural a ABL possui um estatuto e nele estão as diretrizes que regem a entidade. Em seu estatuto a Academia estabelece que para alguém candidatar-se é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário. 

Os imortais são escolhidos mediante eleição por votação secreta. 

Quando um Acadêmico falece, a cadeira é declarada vaga numa reunião denominada Sessão de Saudade, e a partir de então os interessados tem o prazo de 2 meses para se candidatarem, enviando uma carta ao Presidente da instituição. A eleição acontece sessenta dias após a declaração da vaga.

A posse é marcada de comum acordo entre o novo Acadêmico e o escolhido para recepcioná-lo. De praxe, o vistoso fardão é oferecido pelo Governo do Estado natal do Acadêmico.

Para saber quem são os acadêmicos que passaram pela ABL, você pode conferir no site da instituição (clique aqui).

Algumas curiosidades:

Quem fundou a Academia Brasileira de Letras?
Machado de Assis e Lúcio de Mendonça fundaram a ABL em 1897.

Quem foi a primeira mulher eleita para a ABL?
A escritora Rachel de Queiroz foi a primeira escritora a assumir uma das cadeiras da instituição. Isso aconteceu em 1977.

Quem foi a primeira presidente do sexo feminino da ABL?
Nélida Piñon tomou posse em dezembro de 1996 como presidente da instituição, tornando-se, portanto, a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Ela foi eleita como imortal no ano de 1989.

Quem foi o primeiro presidente da ABL?
Machado de Assis, o seu fundador, foi o primeiro presidente da entidade e dirigiu a Academia até 1908. 

Quem foi o presidente que mais tempo ficou na direção da ABL?
Austregésilo de Athayde presidiu a Academia de 1959 até 1993.


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