Beber tanto azul / Até limpar / a Neurose” é um dos poemas de Azul Instantâneo, primeiro livro do escritor português Pedro Vale. Lançado em 2017, poesias, textos poéticos e visuais foram divulgados originalmente no Facebook do autor, a partir de 2016.  Agora, uma versão digital está disponível e gratuita.  É só pedir o pdf.
O rio não corre, só o pensamento” faz parte dos poemas sem título e com a máxima economia de palavras. Bem diferente de textos poéticos, com sequências ágeis de verbos e ações.  Em um deles, o autor diz no início que tem sonhos simples. Depois de uma frase, a certeza que não são tão simples assim.
O estilo plural do poeta fica mais acentuado nos textos visuais. O formato é assinado pelo designer e diretor de arte Hernando Urrutia. Há poemas concretos, moldados em forma de onda, desenho de gato e estéticas não lineares para retratar o caos moderno.
Azul não é a cor mais quente do livro.  O eu lírico e filosófico completa o “impulso criativo, murro no estômago, ebulição, obra de sensações, cabaret contemporâneo, sonhos e utopias.”
Pedro Vale só é didático na vida profissional. Há 16 anos, ele é professor na Secretaria Regional da Educação da Região Autônoma da Madeira, a RAM portuguesa. Também é estudante universitário de Cultura. 
A divulgação do livro nas redes sociais – Facebook (Azul Instantâneo), Twitter e Instagram (pedro.vale.1293) – vai levar à segunda edição impressa. Para conquistar ainda mais leitores brasileiros, o autor vai buscar grupos de WhatsApp no país.
Um verso, descontextualizado do poema, define bem “Azul Instantâneo”: “qualidade do ir”. 

Silvio Reis, jornalista
Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *