Emmanuel M. A. Moreno – Foto divulgação

O autor Emmanuel M. A. Moreno é gaúcho de Porto Alegre mas vive há mais de vinte e cinco anos em Gravataí, região metropolitana. Sempre teve vontade de criar histórias que fizessem com que os leitores refletissem a respeito das coisas e do mundo. Sob grande e inegável influência de seus autores favoritos, Emmanuel busca realizar seu sonho enquanto completa sua pós-graduação em Ciências Humanas, já que o mesmo é formado em História e é instrutor técnico de boxe pela Federação Gaúcha de Boxe.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Emmanuel M. A. Moreno: Meu início no meio literário se deu através do meu primeiro livro ‘Intempestivo William”, que foi meu grande laboratório onde experimentei a minha escrita e a minha capacidade de organização das ideias. Quando criei coragem de sentar o meu bumbum e começar a desenvolver uma história coesa que expressasse aquilo que eu queria expressar.

Conexão Literatura: Você é autor do livro “Amarelo verde e vermelho”. Poderia comentar?

Emmanuel M. A. Moreno: “Amarelo, Verde e Vermelho” é o meu segundo livro. Tive a ideia de escrevê-lo em meio a insana polarização política pelo qual passamos nas eleições de 2018. Então pensei em criar uma história que refletisse sobre a loucura que é tomar partido por A, B ou C, colocando abaixo relações de amizade, familiares, amorosas e até mesmo profissionais, em nome de políticos de estimação que pouco ligam para o real bem estar da população. Claro que isso está intrínseco e que foi criado toda uma alegoria para que isso fosse dito juntamente com outros assuntos que também julguei pertinente explorá-los.

Conexão Literatura: Quanto tempo levou para concluir a sua obra?

Emmanuel M. A. Moreno: Diferentemente do meu primeiro livro que escrevi em um intervalo de quatro anos, pois na época estava fazendo a minha faculdade, “Amarelo, Verde e Vermelho” foi escrito em umas férias que tirei. Todo o grosso do conteúdo eu escrevi em um caderno nessas férias (sim, sou antiquado), depois fui só digitando e corrigindo algum ou outro detalhe que achei pertinente.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho que você acha especial em seu livro?

Emmanuel M. A. Moreno: Peguei-o e li o que estava escrito nele: “E se houvesse uma maneira de não sentir mais medo?”, dizia o papel com letra feminina. Abaixo dessa escritura havia um endereço, dia e horário para eu comparecer a algum lugar. Fiquei refletindo que desconhecia o local descrito no endereço do papel. Deveras, nunca tinha estado naquela parte da cidade devido a sua distância do centro. Concluí que deveria ser uma zona rural, com pouco urbanismo. Comecei a simular mentalmente mil e uma maneiras de não sentir mais medo, algo impensável no contexto da minha sociedade. O medo da punição gratuita pode destruir uma pessoa de essência débil. 

Lucy: era uma jovem muito bonita, de olhos negros, cabelos castanhos e pele clara. A vivacidade do seu olhar foi o que mais me chamou atenção em meio a todo aquele caos pelo que passamos. Tentei imaginar com que maneira ela faria que eu não sentisse mais medo. Qual a fórmula que ela tinha para chegar nesse objetivo. Com todas essas reflexões em mente, eu me deitei e dormi.

Conexão Literatura: O que tem lido ultimamente?

Emmanuel M. A. Moreno: Meus dias andam corridos ultimamente, mas sempre quando dá um tempinho dou uma bizoiada em livros nacionais de autores que se tornaram meus amigos tais como D. Cardoso e Gustavo Drago (desculpem-me não citar todos aqui, por favor), e por vezes retorno a literatura clássica da qual eu tanto aprecio… Um clássico nunca é demais! Mas agora, nesse momento, do qual estou respondendo essa entrevista, eu estou lendo um livro chamado: “Tyson, Forjado no Fogo” de Antonio Carlos Novais.

Antonio é um autor nacional que também se tornou meu amigo, e que faz um trabalho sensacional contando histórias e curiosidades sobre personalidades ligadas ao mundo do boxe. O nome desse projeto é “Boxeando com os Contos”, que é um projeto dentro de um outro mais antigo chamado ‘Boxeando com a História”.

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você?

Emmanuel M. A. Moreno: O livro está disponível na Amazon, no site da editora Drago Editorial, bem como em inúmeras plataformas digitais, tais como Mercado Livre, Carrefour, Ponto Frio, Casas Bahia entre outros, vai da preferência do leitor.

Deixo o meu recém criado perfil de autor no Instagram: autor_emmanuel.m.a.moreno Lá os leitores ficarão mais familiarizados com o meu trabalho literário e, de vez em quando, coloco um poema de minha autoria. Pretendo interagir com com os seguidores também no futuro, já que estou aprendendo a usar as redes sociais ao meu favor, no momento.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Emmanuel M. A. Moreno: Sempre tem uma sementinha no campo das ideias, né? Quem sabe uma continuação para William? Já que alguns dos meus leitores fiéis sempre me cobram uma continuação para ele… Quem sabe um projeto novo? Quem sabe? O certo é que a minha cabeça sempre está maquinando e, do nada, pode surgir algo novo.

Perguntas rápidas:

Um livro: “1984”, George Orwell. “Amarelo, Verde e Vermelho” lembra um pouco esse livro fantástico, claro, guardadas as devidas proporções…

Um (a) autor (a): Já que estou no campo das distopias, vou citar outro autor incrível: Aldous Huxley, autor do formidável “Admirável Mundo Novo”.

Um ator ou atriz: Esse é um gosto bem pessoal: Sylvester Stallone. A história de vida desse cara é impressionante, de como é que se acredita em um roteiro e não se abre mão de querer interpretar ele.

Um filme: “Rocky: Um Lutador”. Esse filme mostra como alguém pode se manter em pé e lutando, através da força de vontade.

Um desejo: Que esse meu segundo livro faça a diferença na vida de um único leitor que seja, como eu sei que o primeiro fez. Se isso acontecer, já me sinto realizado como autor.

Um dia especial: É um dia aproveitado na companhia dos nossos entes queridos.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Emmanuel M. A. Moreno: Sim: Que continuemos com os nossos delírios, com as nossas fantasias, com os nossos sonhos… Mas que jamais desistamos da nossa arte que é a literatura, tão subestimada e maltratada no nosso país. Força e persistência, meus amigos… A caminhada é árdua, mas quem disse que seria fácil? Um muito obrigado!

Autor Emmanuel M. A. Moreno.

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