Carla Di Mancuso – Foto divulgação |
paulistana Carla Di Mancuso acalenta o sonho de ser escritora desde menina.
Graduou-se em jornalismo, trabalhou em assessoria de imprensa e embora escrevesse
textos jornalísticos, o seu desejo de criar e contar histórias continuava
latente. Em meados de 2019, iniciou o curso de escrita criativa com o escritor
Ricardo Souza e a partir daí entrou para o mundo literário. Participou de
antologias, recebeu certificados por diversos trabalhos e tornou-se membro de
duas academias: a Academia Intercontinental Sênior de Literatura e Arte e a
Academia Independente de Letras. “Falhou o Som” é o seu primeiro livro físico
solo.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia
contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Carla
Di Mancuso: Em meados de 2019, iniciei
em cursos de escrita criativa, construção de personagens, mas foram nas
oficinas literárias, compartilhando textos e conhecimento com outros
escritores, que criei uma conexão, fiz amigos e me senti inclusa no meio
literário, então comecei a participar de concursos e antologias.
Conexão Literatura: Você é
autora do livro “Falhou o Som”. Poderia comentar?
Carla
Di Mancuso: “Falhou o Som” foi escrito durante o confinamento da Covid 19. É
uma coletânea de poesias, contos e crônicas. Alguns textos retratam de forma
literária o que passamos durante essa época. Outros são deliberações emotivas
que habitam a alma do ser humano e em especial as mulheres. É a minha voz, a
voz de uma mulher expressando sentimento em relação ao mundo e os sofrimentos que
nós vivenciamos.
Conexão Literatura: Como
foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Carla
Di Mancuso: São textos escritos durante o confinamento, foram quase três anos
para conclusão, calculando todo o processo. Com relação às pesquisas, alguns
textos demandam, outros não. A pesquisa é sempre bem-vinda, pois enriquece o conteúdo
e eu utilizo essa ferramenta quando o processo de criação exige, por exemplo no
conto “A Maldição do Faraó”. Mas já aconteceu de eu acordar com uma ideia
pronta na cabeça. Foi o caso da poesia “O Poço”. Assim que acordei, peguei o
celular e gravei, para não esquecer.
Conexão Literatura: Poderia
destacar um trecho que você acha especial em seu livro?
Carla Di Mancuso: Eu gosto da
poesia “Alma Borboleta” que retrata um sentimento presente, principalmente, na
vida das mulheres.
A sensação de ter alguém “deitado”
na sua asa, impedindo o seu voo.
Um trecho dele:
“Não interrompa a minha fala,
Não antecipe meu pensamento,
Não deduza as minhas
palavras,
Não me explique o que já sei.”
Isso explica o “falhar o som”
na vida das mulheres. É o que leva o nome de “manterrupting”, “mansplaining” , “bropriating”
e o “gaslighting”.
Ou seja a interrupção, a
explicação desnecessária, a apropriação das ideias e a dúvida em relação ao raciocínio
feminino.
Conexão Literatura: Como o
leitor interessado deve proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco
mais sobre você e o seu trabalho literário?
Carla Di Mancuso: Quem se
interessar pelo livro, pode entrar em contato comigo pelo direct no meu
Instagram @carladimancuso ou o do livro @falhouosom.
Conexão Literatura: Existem
novos projetos em pauta?
Carla
Di Mancuso: Tenho alguns projetos em andamento. Estou terminando de escrever um
romance policial e tenho vários contos escritos que pretendo montar em outras
coletâneas.
Perguntas rápidas:
Um livro: “Pequena
Coreografia do Adeus”
Um (a) autor (a): Aline Bei –
mulher, talentosa e escritora da atualidade.
Um ator ou atriz: Adriana
Esteves.
Um filme: “Medida Provisória”
de Lázaro Ramos e “ A Mulher Rei”, com a atriz Viola Davis. Desvendam realidades
chocantes.
Um dia especial: Hoje.
Existem fatos incríveis no meu passado, mas eu quero ter foco no agora.
Conexão Literatura: Deseja
encerrar com mais algum comentário?
Carla
Di Mancuso: Quero agradecer à Conexão Literatura pela oportunidade e convidar a
todos os seus leitores para conhecer o meu trabalho. “Falhou o Som” é um livro para ler e reler, buscando em cada
palavra um novo sentido, uma nova maneira de ouvir as pessoas. O som que se
ouve de alguém todos os dias, pode não estar alcançando o seu coração.
Precisamos ouvir o outro, com os ouvidos aguçados e sem julgamentos.