“A necropolítica indigenista brasileira aplicou, e aplica até hoje de forma sistemática, o princípio do deixar morrer.[…] Uma vez que representam um obstáculo expressivo à espoliação ambiental, faz sentido que [os povos nativos] sejam os primeiros a tombar, a serem varridos do mapa com os movimentos de qualquer ação predatória movida por empresas, latifundiários, pelo próprio Estado.”

Lançado em setembro de 2022, no mês em que completamos 200 anos de independência política formal, Extermínio: 200 anos de um estado genocida debate as raízes da violência disseminada no Brasil pelos agentes de um Estado que deveria proteger seus cidadãos, assim como os reflexos dessa violência na sociabilidade nacional.

Apresentando registros históricos de vários casos em que as forças de segurança agiram ao arrepio da ordem legal para manter uma estrutura social excludente e em silêncio aqueles que a desafiavam, Extermínio se utiliza de uma linguagem acessível e uma narrativa envolvente para contar partes macabras da nossa história. Com prefácio de Pedro Dória, o livro de Viviane Gouvêa expõe as feridas de uma sociedade hostil em um livro mais do que atual: do genocídio indígena aos assassinatos de trabalhadores rurais para sempre impunes, é uma obra mais do que necessária se quisermos aprender as origens de tanto ódio e violência para enfim superá-los.

A cientista política Viviane Gouvêa mora no Rio de Janeiro e trabalha desde 2006 como pesquisadora no Arquivo Nacional. Extermínio, lançado pela editora Planeta, é o seu primeiro livro. Seu contato viviane.gouvea@gmail.com ou pelo Instagram @viviane_gouvea_28. O link do seu livro é www.planetadelivros.com.br/livro-exterminio/359272

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