
Mario Quintana nasceu em Alegrete (RS), em 1906, e se tornou um dos poetas mais amados do Brasil. Com uma escrita simples, sensível e profundamente filosófica, falou sobre o tempo, o amor, a infância e a vida com uma delicadeza única. Trabalhou como tradutor, jornalista e poeta. Sua poesia tocava diretamente o coração do leitor, sem excessos, mas com muita profundidade. Faleceu em Porto Alegre, em 1994, aos 87 anos.
Principais livros de Mario Quintana:
- A Rua dos Cataventos (1940) – sua estreia poética, marcada por sonetos e musicalidade.
- Canções (1946) – reúne versos líricos com influências da tradição trovadoresca.
- Sapato Florido (1948) – livro que marca sua fase de liberdade formal e lirismo onírico.
- Espelho Mágico (1951) – poemas em forma de epigramas e reflexões sutis.
- Apontamentos de História Sobrenatural (1976) – mistura de fantasia, ironia e filosofia.
- Esconderijos do Tempo (1980) – reflexões sobre a memória, o tempo e a infância.
- Da Preguiça como Método de Trabalho (1987) – prosa poética e ensaios bem-humorados.
- Velório sem Defunto (1990) – textos curtos e aforismos espirituosos.
Curiosidades sobre Mario Quintana:
- Traduziu mais de 130 obras do francês e inglês, incluindo Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust.
- Morou por anos no icônico Hotel Majestic, em Porto Alegre, onde hoje funciona a Casa de Cultura Mario Quintana.
- Nunca se casou nem teve filhos — dizia que era casado com a poesia.
- Era conhecido pelo bom humor e pelas tiradas espirituosas.
- Apesar da popularidade, não conseguiu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
A Academia Brasileira de Letras:
Em 1981, Mario Quintana foi indicado à ABL, mas não foi eleito. A decisão causou grande repercussão, já que muitos o consideravam um dos maiores poetas brasileiros do século. Quintana, fiel ao seu estilo, respondeu com leveza: “Eles passarão… eu passarinho.”
Importância na literatura:
Mario Quintana é uma figura central na poesia brasileira moderna. Sua capacidade de traduzir sentimentos profundos com palavras simples o tornou acessível a todos os públicos. Foi mestre em encontrar beleza no cotidiano, elevando o banal à categoria de arte. Sua poesia permanece viva, encantando novas gerações.
Seis frases inesquecíveis de Mario Quintana:
- “Eles passarão… eu passarinho.”
- “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.”
- “A amizade é um amor que nunca morre.”
- “Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.”
- “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.”
- “O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente.”
Mario Quintana era feito de palavras suaves, como quem sopra poesia ao vento e espera que ela floresça em corações distraídos. Com a alma de menino e a sabedoria dos que não têm pressa, ele ensinou que a beleza da vida mora nas pequenas coisas. Seu olhar era poético até diante da solidão, e seu legado é um convite eterno a enxergar o mundo com mais doçura. Mario não precisava de uma cadeira na Academia — ele se sentou no coração do povo, onde a verdadeira literatura floresce e permanece.
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Paulista, escritor e ativista cultural, casado com a publicitária Elenir Alves e pai de dois meninos. Criador e Editor da Revista Conexão Literatura (https://www.revistaconexaoliteratura.com.br) e colunista da Revista Projeto AutoEstima (http://www.revistaprojetoautoestima.com.br). Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Associado da CBL (Câmara Brasileira do Livro). Já foi Educador Social e também trabalhou por 18 anos no setor de Inclusão Digital na Cidade de S. Paulo, numa rede de solidariedade que desenvolve ações de promoção da vida em várias partes do país e do mundo, um trabalho desenvolvido para pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social. Participou em mais de 100 livros, tendo contos publicados no Brasil, México, China, Portugal e França. Publicou ao lado de Pedro Bandeira no livro “Nouvelles du Brésil” (França), com xilogravuras de José Costa Leite. Organizador do livro “Possessão Alienígena” (Editora Devir) e “Time Out – Os Viajantes do Tempo” (Editora Estronho). Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e HQs. Autor dos romances “Jornal em São Camilo da Maré” e “O Clube de Leitura de Edgar Allan Poe”. Entre a organização de suas antologias, estão os títulos “O Legado de Edgar Allan Poe”, “Histórias Para Ler e Morrer de Medo”, “Contos e Poemas Assombrosos” e outras. Escreveu a introdução do livro “Bloody Mary – Lendas Inglesas” (Ed. Dark Books). Contato: ademirpascale@gmail.com